"Ahora puedo respirar"; espera y autoconstrucción en el campamento Violeta Parra.
Author
Zamorano Valenzuela, Fernanda Andrea
Abstract
In this article I will describe the way in which the inhabitants of the Toma Violeta Parra of Cerro Navia signify their waiting processes within application to definitive social housing, physically built in the current location of the settlement .I challenge the conception of waiting as a passive and routine way of confronting state programs (Auyero, 2011), while reflecting on the effectiveness of the construction of forms of temporary contestation and their allusions to collective manifestations (Koppelman, 2018). Through my case study, I analyze the existence of collective networks of articulation that underlie individual experiences (Flaherty, 2011) and that bring with them internal articulations with the aim of mitigating the degrees of waiting on the part of the inhabitants. "Now I can breathe" one of the neighbors of the camp declares, after learning that she had been admitted as part of the housing project. After years of applying for her own home, she has been recognized as a beneficiary. Her’s is a recurring experience within the campamento , albeit one that is not shared by the entirety of the population of the settlement, a reality that is further complicated by the arrival of migrants to the Toma Violeta Parra.
This work addresses the link between waiting and self-construction. Why think about waiting from self-construction? We will understand this concept as a space that is available to collective organization, that is, as a way to resist state delays in the face of accessing definitive housing programmes, a process that is brewing little by little and in constant transformation (Caldeira, 2017).
As Palma and Pérez propose (2020) self-construction is consolidated as an exercise of rights by migrant inhabitants, in such a way that, through these, migrants generate specific practices and meanings associated with their recognition as resident citizens. En este artículo, daré a conocer la manera en que las habitantes de la Toma Violeta Parra de Cerro Navia significan sus procesos de espera a partir de la postulación a viviendas sociales definitivas, construidas físicamente en el terreno que ocupa el campamento en la actualidad. Además, busco desafiar la concepción de la espera como una forma pasiva y rutinaria de enfrentar programas estatales (Auyero, 2011), al mismo tiempo en que reflexiono sobre la efectividad en la construcción de condiciones que producen formas de contestación temporal hacia tiempos impuestos por el Estado y su alusión a manifestaciones colectivas (Koppelman, 2018). A través del caso de estudio analizo la existencia de redes colectivas de articulación que subyacen a las experiencias individuales (Flaherty, 2011) y que traen consigo articulaciones internas con el objetivo de mitigar los grados de espera por parte de las pobladoras. “Ahora puedo respirar” declara una de las vecinas del campamento al momento de enterarse que se encuentra dentro del proyecto de vivienda, pues luego de años de postular a una vivienda definitiva ha sido reconocida como beneficiaria. El suyo es un caso recurrente, más no se replica necesariamente en todos los habitantes de la población, complejizando la experiencia a raíz de la llegada de personas migrantes al campamento.
Este trabajo aborda el vínculo entre espera y autoconstrucción, pero ¿por qué pensar la espera desde la autoconstrucción?, entenderemos este concepto como un mecanismo que se encuentran a disposición de la organización colectiva, es decir, como una forma de resistir a demoras estatales frente al acceso de viviendas definitivas, siendo un proceso que se gesta poco a poco y en constante transformación (Caldeira, 2017).
Como trabajan Palma y Pérez (2020) la autoconstrucción se consolida como un ejercicio de derecho por parte de habitantes migrantes, de tal manera que, a través de este, personas migrantes generan prácticas y significados específicos asociados a su reconocimiento como ciudadanos/as residentes. Neste artigo, apresentarei a forma como os habitantes do Toma Violeta Parra de Cerro Navia significam seus processos de espera desde a aplicação até a moradia social definitiva, fisicamente construída na terra que o campo ocupa atualmente. Além disso, procuro desafiar a concepção de esperar como forma passiva e rotineira de enfrentamento dos programas estatais (Auyero, 2011), ao mesmo tempo em que refiro à efetividade na construção de condições que produzam formas de resposta temporária aos tempos impostos pelo Estado e sua alusão às manifestações coletivas (Koppelman, 2018). Através do estudo de caso analiso a existência de redes coletivas de articulação que fundamentam experiências individuais (Flaherty, 2011) e que trazem consigo articulações internas com o objetivo de mitigar os graus de espera por parte dos habitantes. "Agora eu posso respirar", declara um dos vizinhos do acampamento quando descobre que está dentro do projeto habitacional, pois depois de anos se candidatando a uma casa definitiva ela foi reconhecida como beneficiária. O caso deles é recorrente, mas não é necessariamente replicado em todos os habitantes da população, complicando a experiência como resultado da chegada de migrantes ao campo.
Esse trabalho aborda o elo entre a espera e a autoconstrução, mas por que pensar em esperar da autoconstrução?, vamos entender esse conceito como um mecanismo que está disponível para a organização coletiva, ou seja, como forma de resistir aos atrasos do Estado diante do acesso à moradia definitiva, sendo um processo que é gestado pouco a pouco e em constante transformação (Caldeira, 2017).
Como o trabalho de Palma e Pérez (2020) a autoconstrução se consolida como um exercício de direito pelos habitantes migrantes, de forma que, através dela, os migrantes geram práticas e significados específicos associados ao seu reconhecimento como cidadãos residentes.