O efêmero nos subúrbios da cidade do Rio de Janeiro: Micropráticas de resistência
The ephemeral in Rio de Janeiro’s suburbs: Micro-practices of resistance;
El efímero en los suburbios de la ciudad de Río de Janeiro: Micro-prácticas de resistencia
Author
Gonçalves Lysandro de Albernaz, María Paula
Full text
http://revistas.ubiobio.cl/index.php/AS/article/view/387610.22320/07196466.2020.38.057.07
Abstract
This article looks at ephemeral situations which emerge in the appropriation of public space in the neighborhoods of Olaria, Ramos e Bonsucesso, suburbs of the city of Rio de Janeiro. These situations were identified in a study of urban singularities, motivated by concerns for the coherence of an urban intervention with respect to the complexities of the city’s contemporary reality. Our investigative approach stemmed from a spatial analysis on a micro scale, which considered the relationship between the city’s fabric and day to day events, enabling us to understand the effects of urban form on those who experience it daily. The theoretical concept of singularity, on which this study relies, is understood here as the result of the use of ingenuity and adaptation to prevailing conditions in contexts dominated by hegemonic processes. Such resistance enables local agents to remain in situ, contributing to the urban environment’s diversity. Due to the identification of multiple ephemeral situations of singularity during our investigation, we additionally incorporated the concept of ephemeral architecture into our theoretical-methodological framework. Based on this notion, architecture is conceived of as a generator of spatiality which is at once fleeting, organic and flexible and which requires little financial or human resources, relying on “bottom up” action. The ephemeral situations identified in Rio de Janeiro´s suburbs are understood as distinct from frequently studied “micro practices”, given their socioeconomic characteristics. As such, the notion of ephemeral architecture may contribute towards social and spatial urban inclusion, although considering the difficulty for urban design to deal with informality; environmental and landscape decay, as well as precarious infrastructure. Anyway, it is important to include in the process a system of design rules to guide spatial appropriation collectively conceived; as well as the adoption of solutions to deal with the reinstalling devices daily. Este artículo presenta situaciones de naturaleza efímera adoptadas en la apropiación del espacio público de Olaria, Ramos y Bonsucesso, suburbios de la ciudad de Rio de Janeiro. Esas situaciones se revelaron por el estudio de las singularidades suburbanas, motivado por la preocupación por una actuación en el proyecto urbano coherente con las complejidades contemporáneas. Nuestro enfoque investigativo consideró el análisis espacial en la escala micro local, considerando la relación entre materialidades y eventos cotidianos, lo que nos permite comprender los efectos de la forma urbana para quienes la experimentan diariamente. Sirvió de referencia teórica el concepto de singularidad como potencia inventiva al adaptarse a las condiciones prevalecientes del contexto dominado por procesos hegemónicos, que crean multiplicidades en lo medio urbano y permanencias para los agentes locales. Como se presentaron múltiples situaciones singulares efímeras en la investigación, incorporamos al cuadro teórico, el concepto de arquitectura efímera como generadora de una espacialidad transitoria, orgánica y flexible, que involucra bajos recursos financieros y humanos, y acciones de abajo arriba. En comparación con los ejemplos de micro prácticas ya estudiados, evaluamos una distinción referente a las situaciones efímeras de los suburbios carioca, debido a la participación de dimensiones económicas y sociales. Este hecho abre una perspectiva para que la arquitectura efímera colabore en la inclusión socioespacial urbana. Hay desafíos, incluida la dificultad del diseño urbano de hacer frente a la informalidad, la vulnerabilidad social, la degradación ambiental y paisajística, y la precariedad de infraestructura. Por esta razón, es necesario considerar: la creación de un sistema de reglas de diseño asociadas colectivamente al proyecto para guiar la apropiación espacial; ordenar el uso del espacio público por actividades privadas y el intercambio de prácticas laborales con los flujos de circulación; además de la adopción de soluciones para temporalidades diferenciadas representadas por una reinstalación diaria de dispositivos. Este artigo apresenta situações de natureza efêmera adotadas na apropriação do espaço público de Olaria, Ramos e Bonsucesso, subúrbios da cidade do Rio de Janeiro. Essas situações revelaram-se em um estudo das singularidades suburbanas, motivado pela preocupação com uma atuação no projeto urbano coerente com as complexidades da realidade contemporânea na cidade. Nossa abordagem investigativa partiu da análise espacial na escala microlocal, considerando a relação entre materialidades e eventos no cotidiano, que nos permite entender os efeitos da forma urbana para aqueles que a vivenciam diariamente. O conceito da singularidade entendido como potência resultante da inventividade ao se adaptar a condições prevalecentes do contexto dominado por processos hegemônicos, responsável por criar diversidade no ambiente urbano e permanência de agentes locais no lugar, serviu de suporte teórico à pesquisa. Na investigação, como se mostraram múltiplas situações singulares efêmeras, incorporamos ao quadro teórico-metodológico, o conceito de arquitetura efêmera enquanto geradora de uma espacialidade transitória, orgânica e flexível, envolvendo baixos recursos financeiros e humanos, e ações vindas “de baixo para cima”. Comparadas a exemplos de ‘micropráticas’ frequentemente estudadas em trabalhos acadêmicos, avaliamos uma distinção referente às situações efêmeras dos subúrbios cariocas, por carregarem uma dimensão econômica e social. Este fato abre uma perspectiva para a arquitetura efêmera colaborar na inclusão socioespacial urbana. Há desafios a serem enfrentados, incluindo a dificuldade do desenho urbano em lidar com a informalidade, a vulnerabilidade social, a degradação ambiental e paisagística, a infraestrutura precária. Nesta perspectiva, há que considerar: criar um sistema de regras de desenho associadas coletivamente ao projeto para orientar a apropriação espacial; ordenar o uso do espaço público por atividades do âmbito privado e o compartilhamento de práticas do trabalho com os fluxos da circulação; além da adoção de soluções para temporalidades diferenciadas representadas por uma reinstalação diária de dispositivos.