“One Needs a Home Where One Was Born.” Citizenship and Right to the City in Santiago
“Uno tiene que tener casa donde nació”. Ciudadanía y derecho a la ciudad en Santiago;
“Você tem que ter uma casa onde você nasceu”. Cidadania e direito à cidade em Santiago
Author
Pérez, Miguel; Universidad Alberto Hurtado
Abstract
During the 1990s, the Chilean State sought to avoid the reappearance of urban movements by massively building subsidized housing units. The significant building of social housing units did not, however, entail better living conditions for the poor. To become homeowners, they were systematically expelled out of their neighborhoods of origin while being relocated to the segregated periphery. These dynamics of expulsion have brought about the reemergence of housing mobilizations in Santiago, in which poor families in need of housing have increasingly demanded the right to stay in their neighborhoods of origin. Based on an ethnographic study, this article holds that such a demand illuminates a reframing of urban struggles, which is materialized in two phenomena: a) The appearance of right-to-the-city claims; and b) the transformations of the ways in which the poor conceive of citizenship and rights on the basis of a self-recognition as committed, hardworking, and self-sacrificing residents. Durante los años noventa, el Estado de Chile buscó evitar la reaparición de movimientos urbanos, recurriendo para ello a la construcción masiva de vivienda subsidiada. Dicho fenómeno no implicó, sin embargo, mejores condiciones de vida para los pobres. Para convertirse en propietarios, fueron sistemáticamente expulsados de sus barrios de origen y relocalizados en la periferia segregada. Tales dinámicas de expulsión han generado en los últimos años la reemergencia de movilizaciones por la vivienda en Santiago, en las cuales las familias sin vivienda demandan crecientemente el derecho a permanecer en sus barrios de origen. Basado en un estudio etnográfico, este artículo sostiene que dicha demanda expresa una reconfiguración de las luchas urbanas materializada en dos fenómenos: a) la aparición de reclamos por el derecho a la ciudad; y b) la transformación en los modos en que los pobres conciben la ciudadanía y los derechos, sobre la base de un autorreconocimiento como habitantes luchadores, esforzados y sacrificados. No Chile, durante os anos 1990, o Estado do Chile buscou evitar a reaparição dos movimentos urbanos, recorrendo para isso à construção massiva de moradia subsidiada. Porém, dito fenômeno não trouxe necessariamente uma melhora nas condições de vida para os pobres. Para se tornar proprietários, eles foram sistematicamente expulsos de seus bairros de origem, sendo realocados na periferia segregada. Ditas dinâmicas de expulsão têm gerado a reemergência de mobilizações pela moradia em Santiago, nas quais as famílias sem moradia demandam crescentemente o direito de permanecer em seus bairros de origem. Com base em um estudo etnográfico, este artigo propõe que dita demanda dá conta de uma reconfiguração das lutas urbanas materializada, a saber, em dois fenômenos: a) a emergência da demando por direito à cidade; e b) a transformação nos modos nos quais os pobres concebem a cidadania e os direitos, isto, com base ao auto-reconhecimento entanto lutadores, esforçados e sacrificados.