Public policies of state and supranational organisms involved in global financial governance aimed at overcoming crisis imply a reaction based on public financing and financed geopolitics, instruments controlled by the most developed economies and/or competition among them. Such post-crisis policies, mainly referring to monetary and exchange rate policies, produce territorial and urban externalities or ‘sub-products’ at pluri-national and local scales, and translate into a new geography of interest rates and their corresponding differentials. This induces a reorientation of capital flows to different countries, a new geography of exchange rates and their corresponding parities, and expressions of competitive rivalry among regions and nations. These policies, which externalize many crisis costs to governments and societies of emerging nations are sustainable only for a few countries (typically the most developed ones), for the vulnerability of many others (mainly the weakest nations), in the context of unequal socio-territorial redistribution of the costs and benefits of such adjustments. The global territorial architecture resulting from these macroeconomic policies shows the non-neutral geographic and social nature of their impacts.Las políticas públicas de los organismos estatales y supranacionales de la gobernanza financiera global orientadas a superar la crisis, implican una reacción de financiarización pública y de geopolítica financiarizada, instrumentos estos de dominio de las economías más desarrolladas y/o de competencia entre ellas. Esas políticas, preferentemente las monetarias y cambiarias, generan externalidades o “subproductos” territoriales y urbanos a escala tanto plurinacional como local. Se traducen en una nueva geografía de las tasas de interés y sus diferenciales, reorientando los flujos de capital a distintos países; y en una nueva geografía de los tipos de cambio y sus paridades, expresión de la pugna competitiva entre regiones y naciones. Al mismo tiempo, externalizan muchos de los costos de la crisis a los gobiernos y sociedades de las naciones emergentes, aportando sustentabilidad a unos pocos países (los más fuertes) a cambio de vulnerabilidad para muchos otros (los más débiles), en una inequitativa redistribución socioterritorial de los costos y beneficios de los ajustes que promueven. La arquitectura global del territorio resultante de tales políticas macroeconómicas demuestra su no neutralidad geográfica ni social.As políticas públicas dos organismos estatais e  supranacionais da governança financeira global orientadas a superar a crise implicam na reação de financeirização pública  e da  geopolítica financeirizada, instrumentos de domínio das economias mais desenvolvidas e/ou de concorrência entre elas. Suas  políticas pós crise – preferentemente as monetárias e cambiais -  geram externalidades ou ‘subprodutos’ territoriais e urbanos a nível pluri-nacional e local, e se traduzem em uma nova geografia das taxas de juros e seus diferenciais,  reorientando os fluxos de capital a distintos países, e em una nova geografia dos tipos de cambio y suas paridades,  expressão da pugna competitiva entre regiões e nações. Tais políticas, externalizando  muitos dos custos da crise aos governos e às sociedades das nações emergentes, levam a sustentabilidade para uns poucos países – os mais fortes - em troca de vulnerabilidade para muitos outros – os mais fracos - em uma desigual redistribuição socioterritorial dos custos e benefícios dos citados ajustes. A arquitetura global do território resultante de tais  políticas macroeconômicas demonstra sua não neutralidade geográfica nem social.