ResumenEn este artí­culo reflexiono sobre las posibilidades de pensar una filosofí­a crí­tica de la historia en la actualidad. Me refiero a una filosofí­a crí­tica en el sentido de una filosofí­a sustantiva de la historia que proponga una serie de aspectos teóricos y normativos que permitan esclarecer alternativas emancipadoras de acción en el contexto latinoamericano.2 Comenzaré con un análisis de lo que se ha dado en llamar la crisis de la filosofí­a clásica (o moderna) de la historia, que dio forma a un tipo de reflexión sobre la historia orientada a construir una interpretación sistemática de la Historia Universal, de acuerdo con un principio según el cual los acontecimientos históricos se unifican en su sucesión y se dirigen hacia un significado fun- damental.3 En un segundo momento, haré un repaso de las principales crí­ticas contemporáneas a esa filosofí­a de la historia, valorando sus aciertos y sus deficiencias, para determinar qué sigue siendo válido o no de las distintas propuestas de las filosofí­as modernas o ilustradas de la historia, y asentar así­ la necesidad de una renovada filosofí­a de la historia, que no se reduzca a puros aspectos metodológicos, sino que tematice crí­tica y sustantivamente el proceso histórico real, pero con supuestos metafí­sicos y epistemológicos distintos a los del proyecto moderno.Palabras clave: modernidad - historia - filosofí­a de la historia - crisis de la filosofí­a de la historia - liberación históricaAbstractIn this article, I reflect on the possibilities of thinking a philosophy that criticizes history today. I am referring to a criticizing philosophy in the sense of a substantive philosophy of history that proposes a series of theoretical and normative aspects allowing to clarify emancipating al- ternatives for action in the Latin American context. I will begin with an analysis of what has come to be called the crisis of classical (or modern) philosophy of history, which formed a kind of reflection on history aimed at constructing a systematic interpretation of Universal History, according to a principle in which historical events are unified in their succession and are directed towards a fundamental meaning. After that, I will review the main contemporary criticisms of this philosophy of history, assessing its accuracies and deficiencies in order to determine what is still valid or invalid in the various proposals of modern or enlightened philosophies of history, and to settle the need for a renewed philosophy of history, not to be reduced to pure methodological aspects, but to discuss the critical and substantive real historical process, with metaphysical and epistemological assumptions different from those of the modern project.Keywords: Modernity - history - philosophy of history - crisis of the philosophy of history - historical liberationResumoNeste artigo, posso refletir sobre as possibilidades de pensar uma filosofia crí­tica da história hoje. Quero dizer uma filosofia crí­tica no sentido de uma filosofia substantiva da história que proponha uma série de aspectos teóricos e normativos que permitam esclarecer alternativas emancipatórias de ação no contexto latino-americano. Vou começar com uma análise do que tem sido chamado a crise da filosofia clássica (ou moderna) da história, que deu forma a um tipo de reflexão sobre a história orientada a construir uma interpretação sistemática da História Universal, de acordo com um princí­pio que segundo os eventos históricos unificam-se em sua sucessão e se dirigem a um significado fundamental. Num segundo momento, farei uma revisão das principais crí­ticas contemporí¢neas para aquela filosofia da história, valorando os seus sucessos e deficiências, para determinar o que continua sendo válido ou não das diversas pro- postas das filosofias modernas ou ilustradas da história e assim assentar a necessidade de uma renovada filosofia da história, que não se reduz somente a aspectos metodológicos, mas que gera uma temática crí­tica e substantivamente do processo histórico real, porém com suposições metafí­sicas e epistemológicas diferentes daqueles do projeto moderno.Palavras-chave: modernidade - história - filosofia da história - crise da filosofia da história - libertação histórica