The concept of "interculturality" in Chile has become a term widely incorporated within sociopolitical discourse, yet diffusely and void of meaning. A "trendy" concept, Catherine Walsh would say. Through these discourses, we can see an affirmation of the neoliberal system, which is reinforced in the permanent dislocation of wills for the benefit of neoliberalism itself and its logic of domination. Based on these ideas, the present article will show some of the spaces and forms in which interculturality is revealed in this way, while critically offering some questions to challenge "the inter," revaluing conflict, the search for its causes, and enabling a historical praxis of liberation.El concepto "interculturalidad" ha pasado a convertirse en Chile en un tema ampliamente incorporado en discursos sociopolí­ticos, aunque de manera difusa y vací­a de significado. Un concepto "de moda" , dirí­a Catherine Walsh. Tras estos discursos, podemos evidenciar una afirmación del sistema neoliberal, que se refuerza en la permanente dislocación de voluntades para beneficio del propio neoliberalismo y de su lógica de dominación. A partir de estas ideas, el presente artí­culo mostrará algunos espacios y formas en los que la interculturalidad se devela de esa manera; a la vez que se ofrecerá, desde la crí­tica, algunas preguntas que alienten el desafí­o de "lo inter" , revalorando el conflicto, la búsqueda de sus causas, y posibilitando una praxis histórica de liberación.O conceito "interculturalidade" passou a ser um tema amplamente incorporado em discursos sócio-polí­ticos no Chile, ainda que de maneira difusa e de significado vazio. Um conceito "de moda" , diria Catherine Walsh. Após esses discursos, podemos evidenciar uma afirmação do sistema neoliberal, que se reforça no permanente deslocamento de vontades em benefí­cio do próprio neoliberalismo e de sua lógica de dominação. A partir destas ideias, o presente artigo mostrará alguns espaços e formas nos quais a interculturalidade se revela dessa maneira; ao mesmo tempo que serão oferecidas, desde a crí­tica, algumas perguntas que incentivem o desafio do "inter" , revalorizando o conflito, a busca de suas causas e possibilitando uma práxis histórica de libertação.