Proponho-me a refletir, a partir da base teórica e da experiência empírica reunida em pesquisa e extensão pela Incubadora de Iniciativas da Economia Popular e Solidária da Universidade Estadual da Feira de Santana, sobre as políticas públicas brasileiras dirigidas à economia solidária, fazendo desta uma perspectiva para pensar o papel dos governos progressistas latino-americanos no contexto das lutas em torno da construção de um além-capitalismo. O comum é tomado como categoria agregadora das múltiplas faces que, na América Latina, assumem formas populares de reprodução da vida, reconhecendo-lhes uma potência disruptiva que, de regra, passa despercebida sob as lentes ajustadas sob o padrão eurocêntrico de análise. Reconhecer-lhe esta positividade, concluo, parece fundamental para o processo de construção de uma outra institucionalidade comunitária.