En el siglo XXI, en la era móvil, cabe revisitar la tesis del aislamiento exclusivo de las zonas remotas, o “de acceso particularmente difícil” enunciada en el Informe MacBride en los ochenta. El objetivo de la presente investigación es ofrecer una radiografía de las desconexiones y desigualdades sufridas en un contexto tecnológicamente remoto, en la Amazonía sur ecuatoriana. Para llevar a cabo tal estudio usamos una metodología cuantitativa. Considerando las variables de género, etnia indígena (shuar y kichwa-saraguro) y no indígena, y edad, emprendimos un análisis de la penetración de la tecnología móvil (desde la brecha de acceso, desglosada en la propiedad de los dispositivos, el acceso mediante préstamo y la cobertura), del consumo cultural de los medios tradicionales (TV, radio, periódicos y revistas), hasta Internet. Los resultados apuntan no solo a una discriminación sumativa, sino a una clara interacción o efecto multiplicativo entre las variables de estudio (género, etnia y generación).In the XXI century, the mobile age, it is worth revisiting the thesis of exclusive isolation in remote areas, or “particularly difficult access” enunciated in the MacBride Report in the eighties. The objective is to provide a snapshot of disconnections and inequalities suffered in a technologically remote context: the southern Ecuadorian Amazon. To carry out this study we chose a quantitative methodology. Considering the variables of gender, ethnicity (indigenous communities – shuar and Kichwa-Saraguro – and non-indigenous) and age, we did an analysis of the penetration of mobile technology (from the gap in the ownership of devices, access through loan and coverage), from cultural consumption of mass media (TV, radio, newspapers and magazines) to Internet. The results point not only to a summative discrimination but also to a clear interaction or multiplicative effect between the study variables (gender, ethnicity and generation).No século XXI, na era móvel, deve-se rever a tese do isolamento exclusivo nas áreas remotas, ou "de acesso particularmente difícil" repertoriada no Relatório MacBride nos anos oitenta. O objetivo desta pesquisa é fornecer uma radiografia dos desligamentos e das desigualdades sofridas num contexto tecnologicamente remoto, no sul da Amazônia equatoriana. Para realizar este estudo, usamos uma metodologia quantitativa. Considerando as variáveis de sexo, grupo indígena (Shuar e Kichwa-Saraguro) e não-indígena, e também a idade, realizamos uma análise da penetração da tecnologia móvel (a partir do fosso de acesso, identificando a propriedade dos dispositivos, o acesso por empréstimo e a cobertura), do consumo cultural das mídias tradicionais (TV, rádio, jornais e revistas), e também da Internet. Os resultados sugerem não só uma discriminação sumativa, mas bem uma clara interação ou efeito multiplicativo entre as variáveis do estudo (sexo, etnia e geração).