Poverty as a phenomenon is present in the policies of nations such as Chile, where income gaps and inequality persist. An alienation and precariousness discourse, renders subjects devoid of abilities, anchored to a space that subordinates and conditions them. The organization of this narrative of limitations, the geography of the places they inhabit, articulates a text where the subject is anchored to poverty through stories of insecurity, filth and marginalization. This article is about how a collective from a patrimonial sector of Valparaíso, Chile, self-transformed itself based on the creation of a narrative, where the concept of neighborhood gave rise to a new richness in the perception of the places they transit. The design of a touristic route, was a means of expressing the experience of being an inhabitant of this neighborhood and cementing the conditions to share moments of “everyday life” –a homemade lunch–, which gave rise to a vital experience.La pobreza como fenómeno está presente en las políticas de naciones como Chile, donde persisten importantes brechas de ingreso y equidad. Un discurso de marginación y precariedad produce sujetos desprovistos de capacidades, anclados a un espacio que los subordina y condiciona. La organización de este relato de limitaciones, la geografía de los lugares que habitan dichos sujetos, articulan un texto donde quedan anclados a la pobreza mediante historias de inseguridad, suciedad y marginación. Este artículo describe el proceso de un colectivo en un sector patrimonial de Valparaíso que se autotransformó a partir de la elaboración de una nueva narrativa, donde desde el concepto de barrio emergió la riqueza de los lugares por los que se transita. El diseño de una ruta orientada a los turistas sirvió para expresar la experiencia de ser vecino del sector, a la vez que se brindaba la oportunidad de compartir lo cotidiano –el almuerzo–, transformando así el recorrido en una experiencia vital.A pobreza como fenômeno está presente nas políticas de nações como o Chile, onde persistem significativas desigualdades de renda e equidade. Um discurso de marginalização e precariedade produz sujeitos desprovidos de capacidades, ancorados num espaço que os subordina e condiciona. A organização desse relato de limitações, a geografia dos lugares habitados por esses sujeitos, articula um texto em que eles estão ancorados à pobreza por meio de histórias de insegurança, sujeira e marginalização. Este artigo descreve o processo de um coletivo em um setor patrimonial de Valparaíso, que se auto-transformou a partir da elaboração de uma nova narrativa, onde a partir do conceito de vizinhança emergiu a riqueza dos lugares por onde transita. O projeto de um roteiro orientado ao turista serviu para expressar a experiência de ser vizinho do setor, ao mesmo tempo em que proporcionou a oportunidade de compartilhar o almoço diário, transformando a viagem em uma experiência de vida.