#MeToo is one of the feminist movements driven by the digital and with glocal expression. Turned viral through Twitter, it quickly gained visibility in traditional media, bringing to the public sphere the discussion of topics related to sexual harassment and violence. Using the public expression of the #MeToo movement in the Portuguese traditional media between 2017 and 2022, and based on a qualitative methodology anchored in a thematic analysis of 91 opinion articles of the newspapers Expresso and Público, this paper aims to comprehend the particularities of the Portuguese context around #MeToo issues and analyze the themes that were highlighted in these spaces. Three major themes arise: sexual harassment and violence, questioning (re)victimization and normalization, and the Ambivalence of feminisms in the #MeToo movement. From our findings, the emergence of contradictory discourses about the movement that served to both discredit it and raise public awareness of the problems of sexual harassment and violence stands out. In conclusion, opinion articles have the power to both influence the crystallization of specific positions and the change of attitudes and behaviors in the public sphere due to the authority and legitimacy of those who write opinion pieces in the newspapers and have the ability to thematize the public sphere.O #MeToo é um dos movimentos feministas impulsionado pelo digital e com expressão glocal. Tornado viral através do Twitter, rapidamente ganhou visibilidade nos media tradicionais trazendo para a esfera pública a discussão de temas associados ao assédio e violência sexual. Tomando como ponto de partida a expressão pública nos media tradicionais do movimento #MeToo em Portugal entre 2017 e 2022, e com base numa metodologia qualitativa ancorada numa análise temática de 91 artigos de opinião dos jornais Expresso e Público, este artigo visa conhecer as especificidades do contexto português em torno das questões que envolvem o #MeToo e analisar as temáticas que foram evidenciadas nestes espaços. Ressalta-se o surgimento de três grandes temáticas: Assédio e Violência Sexual; Questionamento da (re)vitimização e normalização; Ambivalência dos feminismos no movimento #MeToo. Dos resultados, destaca-se a existência de discursos paradoxais sobre o movimento, os quais, por um lado, contribuem para a sua descredibilização, e, por outro, funcionam como motores para a consciencialização pública em torno das questões da violência e do assédio. Concluímos que os artigos de opinião têm o poder de influência tanto na cristalização de determinadas posições, como na mudança de atitudes e comportamentos da esfera pública, sendo estes promovidos pela autoridade e legitimidade de quem faz opinião nos jornais e tem a capacidade para tematizar o espaço público.#MeToo es un movimiento feminista originado en la red de carácter glocal. Viralizado por Twitter, rápidamente ganó visibilidad en los medios de comunicación tradicionales, llevando a la esfera pública el debate sobre cuestiones relacionadas con el acoso y la violencia sexual. Tomando como punto de partida la presencia del movimiento #MeToo en los medios de comunicación en Portugal entre 2017 y 2022, y a partir de una metodología cualitativa centrada en un análisis de contenido de 91 artículos de opinión de los periódicos Expresso y Público, este artículo busca conocer las especificidades del contexto portugués en torno a las cuestiones que rodean al #MeToo y analizar los temas que se destacaron en estos espacios. Se remarca la existencia de tres temas principales: acoso y violencia sexual, cuestionamiento, (re) victimización y normalización de la violencia sexual, y posturas contradictorias ante el movimiento #MeToo. Los resultados muestran la existencia de discursos paradójicos en relación con el movimiento que contribuyen, por un lado, a su descrédito, pero, por otro, actúan como motores de la concientización pública en torno a la violencia y el acoso. Concluimos que los artículos de opinión tienen el poder de influir tanto en la cristalización de determinadas posiciones como en el cambio de actitudes y comportamientos en la esfera pública, siendo estos promovidos por la autoridad y la legitimidad de quienes opinan en los periódicos y tienen la capacidad de influir en la opinión pública.