The human age and the crisis of history: brief commentary on the collapse of modernization in the theories of Jameson and Arantes
A era humana e a crise da história: breve comentário sobre o colapso da modernização nas teorias de Jameson e Arantes
Author
Theodoro Amorim, Thomas Edson de Jesus
Full text
https://meridional.uchile.cl/index.php/MRD/article/view/7307410.5354/0719-4862.2023.73074
Abstract
A social, political and economic crisis has been the keynote of social experiences in Latin America and around the world. Authoritarian leaders and wars promise to sustain and deepen the regime of exploitation of man over man and of domination and destruction of nature, which characterizes the Anthropocene - or, in the language of Marxist philosophy, the Capitalocene -, without any collective horizons and radicals capable of promoting projects for the transformation of society on a large scale. The postmodern social situation, as Fredric Jameson famously observed, only allows the collective imagination to formulate images of planetary devastation and the Apocalypse itself as alternatives to the all-powerful reality of the capitalist mode of production. new time in the world”, characterized by “presentism”, that is, by the exhaustion of perspectives and the possibility of modifying human reality, which had characterized the revolutionary period of bourgeois society from the end of the 19th century to the middle of the 20th century. The Brazilian and Latin American scenario suggests to the Brazilian philosopher an even more acute crisis of historical references, as we lose contact both with the origins and original traditions and with the bourgeois dreams of an economic and industrial development concurrent with the levels of the central countries. Uma crise social, política e econômica tem sido a tônica das experiências sociais na América Latina e ao redor do mundo. Líderes autoritários e guerras prometem sustentar e aprofundar o regime de exploração do homem sobre o homem e de dominação e destruição da natureza, o qual caracteriza o antropoceno – ou, numa linguagem mais próxima da filosofia marxista, o capitaloceno –, sem que surjam quaisquer horizontes coletivos e radicais capazes de propugnar projetos de transformação da sociedade em larga escala. A situação social pós-moderna, como observou celebremente Fredric Jameson, só permite a imaginação coletiva formular imagens da devastação planetária e do próprio Apocalipse como alternativas à realidade todo-poderosa do modo de produção capitalista De modo similar, Paulo Arantes nos fala sobre um “novo tempo do mundo”, caracterizado pelo “presentismo”, ou seja, pelo esgotamento das perspectivas e possibilidade de modificação da realidade humana, que tinham caracterizado o período revolucionário da sociedade burguesa desde o final do século XIX até meados do século XX. O cenário brasileiro e latino americano sugere ao filósofo brasileiro uma crise ainda mais aguda das referências históricas, à medida em que perdemos contato tanto com as origens e tradições originárias quanto com os sonhos burgueses de um desenvolvimento econômico e industrial concorrente com os patamares dos países centrais.