Indigenous living and its relationship with the landscape
El habitar indígena y su relación con el paisaje;
O habitar indígena e sua relação com a paisagem
Author
Zanardo-Zanin, Nauíra
Mendes-Silva, Ivone Maria
Gonçalves do Santos, Rodrigo
Full text
https://revistas.ubiobio.cl/index.php/AS/article/view/605110.22320/07196466.2024.42.065.05
Abstract
O presente artigo busca tecer relações entre o habitar, a paisagem e os povos originários, em especial os Mbyá Guarani[1] que vivem no Sul do Brasil. Buscamos relacionar os seres e elementos que compõem a paisagem e estão presentes em suas narrativas de origem e nas formas construtivas que elaboram para habitar esta paisagem, ao transformarem seus componentes em arquitetura e lugares de convívio. Utilizamos uma abordagem etnográfica que inclui observações, diálogos e percursos pelas paisagens. Publicações de autoria indígena e não-indígena são referenciais teóricos interdisciplinares que auxiliam nossas reflexões. Compreendemos que a relação dos povos indígenas com a paisagem é ancestral, vinculando-se às suas memórias, narrativas e cosmologias. As formas construtivas por meio das quais habitam a paisagem revelam afeto e sentimento de pertencimento e parentesco com os elementos que dela fazem parte. Como conclusão, percebemos que a sabedoria vivenciada dos povos indígenas com relação à paisagem, desde tempos imemoriais, oferece ensinamentos para repensarmos nossa relação com o planeta como um todo.
[1] Nota sobre a grafia dos termos indígenas: as palavras em línguas indígenas não possuem plural, portanto ao nos referirmos a um povo utilizamos maiúscula no singular (ex.: os Guarani); enquanto a utilização como adjetivo é em minúscula (ex.: escola guarani). Os demais termos têm como base o Léxico Guarani, de Dooley (2013). São respeitadas as formas utilizadas pelos autores guarani e, no caso de citações de outros autores, é mantida a forma utilizada por eles. Este artículo busca tejer relaciones entre el habitar, el paisaje y los pueblos originarios, especialmente los Mbyá Guaraní[1] del Sur de Brasil. Buscamos relacionar a los seres con los elementos que componen el paisaje y están presentes en sus narrativas de origen y en las formas constructivas que crean para habitar este paisaje, transformando sus componentes en arquitectura y lugares de convivencia. Se utilizó un enfoque etnográfico que incluye observaciones, diálogos y recorridos por los paisajes. Las publicaciones de autores indígenas y no indígenas son referentes teóricos interdisciplinarios que ayudan a estas reflexiones. Entendemos que la relación entre los pueblos indígenas y el paisaje es ancestral, ligada a sus memorias, narrativas y cosmologías. Las formas constructivas a través de las cuales habitan el paisaje revelan afecto y sentimiento de pertenencia y parentesco con los elementos que forman parte del mismo. En conclusión, nos damos cuenta de que la sabiduría experimentada de los pueblos indígenas con relación al paisaje, desde tiempos inmemoriales, ofrece lecciones para repensar nuestra relación con el planeta en su conjunto.
[1] Nota sobre la ortografía de los términos indígenas: las palabras en lenguas indígenas no tienen plural, por lo que cuando nos referimos a un pueblo utilizamos mayúsculas en singular (por ejemplo, los guaraníes); mientras que cuando se utiliza como adjetivo va en minúsculas (por ejemplo, escuela guaraní). Los demás términos se basan en el Léxico Guaraní de Dooley (2013). Se respetan las formas utilizadas por los autores guaraníes y, en el caso de citas de otros autores, se mantiene la forma utilizada por ellos. This article seeks to weave relationships between living, the landscape, and the original peoples, especially the Mbyá Guarani[1] from Southern Brazil. We seek to relate the beings and elements that make up the landscape and are present in their narratives of origin and in the constructive forms they create to inhabit this landscape by transforming its components into architecture and places of conviviality. An ethnographic approach was used, including observations, dialogs, and journeys through the landscapes. Publications by indigenous and non-indigenous authors are interdisciplinary theoretical references that help these reflections. It is understood that the relationship between indigenous peoples and the landscape is ancestral, linked to their memories, narratives, and cosmologies. The constructive forms through which they inhabit the landscape reveal affection and a feeling of belonging and kinship with the elements that are part of it. In conclusion, it is perceived that the experienced wisdom of indigenous peoples about the landscape since time immemorial offers lessons to rethink our relationship with the planet as a whole.
[1] Note on the spelling of indigenous terms: words in indigenous languages do not have a plural, so when referring to a people we use a capital letter in the singular (e.g.: the Guarani); while the use as an adjective is in lower case (e.g.: Guarani school). The other terms are based on the Guarani Lexicon by Dooley (2013). The forms used by the Guarani authors are respected and, in the case of quotations from other authors, the form used by them is maintained.