Secular state in Brazil: between sophistry and ambiguities
Estado laico en Brasil: entre sofismas y ambigüedades;
Estado laico no Brasil: entre sofismas e ambiguidades
Author
Miranda, Julia
Full text
https://revistaculturayreligion.cl/index.php/revistaculturayreligion/article/view/38910.61303/07184727.v7i2.389
Abstract
During the last decade in Brazil, and with increasing frequency, different Christian groups have proclaimed that “the State is secular, but not atheist”. Based on thispresupposition these groups make demands, issue threats and build their strategies for participation in the electoral process. Their objective is to extend religious morals andvalues to the whole of society through legislation based on their own convictions; with no regard to the pluralism of ideas present in today’s Brazilian society. This article usesrecent events – in contrast with past developments – to examine the relationship between religion, politics and society in Brazil, within the framework of the debate oversecularism as a model of government. The acceptance and co-existence between different moral and religious conceptions is one of the biggest challenges democratic societies face. This issue is an object of interest for intellectuals such as JocelynMaclure and Charles Taylor, both Professors at Canadian universities and whose perspective is that of a democratic and multicultural society, with a peculiar and strongreligious history, within a Secular and liberal State. Hence, if looking at “the other” offers us a glimpse into ourselves, we seek to explore the national experiences of theseauthors and shed a light over certain aspects of “Brazilian secularism”. The conclusion in this instance is that Brazil continues to ignore the need for an in-depth debate and aclose analysis of each of the elements that create the conditions for the emerging of such movements; a debate aiming at finding ways to accommodate their demands without opening the door to Integrism and without violating the freedom of conscience and belief in a regime that embraces religious pluralism. Durante la última década en Brasil, diferentes grupos cristianos han afirmado cada vez más que “el Estado es laico pero no ateo” y, en nombre de este supuesto, han hecho demandas, amenazado y establecido estrategias de participación electoral. Su objetivo es extender los valores morales religiosos a toda la sociedad a través de una legislación basada en las propias convicciones, a pesar del pluralismo de ideas presente hoy entre el conjunto de la población. Este artículo utiliza algunos hechos recientes – contrastándolos con acontecimientos del pasado – para pensar la articulación entre religión, política y sociedad en Brasil en el marco del debate sobre el secularismo como modo de gobierno. La convivencia entre diferentes concepciones morales y religiosas es uno de los grandes desafíos que enfrentan las sociedades democráticas y constituye objeto de interés de intelectuales como Jocelyn Maclure y Charles Taylor, profesores de universidades canadienses en Quebec, cuya perspectiva toma como referencia una sociedad democrática. , multicultural y con una peculiar y fuerte historia religiosa, dentro de un Estado laico y liberal. Si el contacto con “el otro” es lo que mejor nos pone cara a cara con nosotros mismos, recurrimos aquí a las experiencias nacionales de las que hablan estos autores, para pensar algunos aspectos del “secularismo brasileño”. Se concluye que Brasil continúa ignorando la necesidad de una discusión que profundice en el análisis de los elementos que crean las condiciones para el surgimiento de los movimientos analizados y encuentre formas de acomodar las demandas sin abrir espacio al fundamentalismo ni faltar el respeto a la libertad de conciencia y libertad de expresión. Durante a última década no Brasil diferentes grupos cristãos, cada vez mais frequentemente, afirmam que “O Estado é laico mas não é ateu” e, em nome desse pressuposto, fazem exigências, ameaçam e montam estratégias de participação eleitoral. Seu objetivo é estender os valores morais religiosos à totalidade da sociedade através de uma legislação pautada em convicções próprias a despeito do pluralismo de idéias hoje presente no conjunto da população. Este artigo utiliza-se de alguns fatos recentes – contrapondo-os a acontecimentos do passado - para pensar sobre a articulação entre religião, política e sociedade no Brasil nos marcos do debate sobre a laicidade como modo de governo. A convivência entre diferentes concepções morais e religiosas é um dos grandes desafios que se colocam para as sociedades democráticas e constituem o objeto de interesse de intelectuais como Jocelyn Maclure e Charles Taylor, professores de universidades canadenses do Québec, cujo olhar tem como referência uma sociedade democrática, multicultural e com uma peculiar e forte história religiosa, no seio de um Estado secular e liberal. Se o contato com “o outro” é o que melhor nos coloca face a nós mesmos recorre-se aqui às experiências nacionais de que nos falam esses autores, para pensar alguns aspectos da “laicidade à brasileira”. Conclui-se que o Brasil continua ignorando a necessidade de uma discussão que vá fundo na análise dos elementos que criam as condições para a emergência dos movimentos analisados e encontre formas de acomodar as demandas sem abrir espaço aos integrismos ou desrespeitar a liberdade de consciência e de crença em regime de pluralismo religioso.