We examine the historic floods that occurred in May 2024 in Rio Grande do Sul, which displaced more than 615 thousand people, and reflect on how these tragedies are symptoms of a global system that perpetuates inequalities and injustices, disproportionately affecting populations historically vulnerable. The concept of «environmentally displaced» is explored, emphasizing the lack of formal recognition and legal protection both internationally and domestically. The article seeks to contribute to discussions about migratory flows in Latin America, using the case of Rio Grande do Sul and connecting this reality with other regions. It is argued that climate changes exacerbate social and environmental injustices, evidencing the impact of climate colonialism, and, therefore, the need for policies that protect environmentally displaced people and promote social and environmental justice is advocated.Examinamos las inundaciones históricas ocurridas en mayo de 2024 en Rio Grande do Sul, las cuales desplazaron a más de 615 mil personas, y reflexiona sobre cómo estas tragedias son síntomas de un sistema global que perpetúa desigualdades e injusticias, afectando de manera desproporcionada a poblaciones históricamente vulnerables. Se explora el concepto de «desplazados ambientales», haciendo hincapié en la falta de reconocimiento formal y protección legal tanto a nivel internacional como doméstico. El artículo busca contribuir a las discusiones sobre los flujos migratorios en América Latina, utilizando el caso de Rio Grande do Sul y conectando esta realidad con otras regiones del continente. Se argumenta que los cambios climáticos exacerbán las injusticias sociales y ambientales, evidenciando el impacto del colonialismo climático, y, por lo tanto, se aboga por la necesidad de políticas que protejan a los desplazados ambientales y promuevan la justicia social y ambiental.Examinamos as inundações históricas ocorridas em maio de 2024 no Rio Grande do Sul, que deslocaram mais de 615 mil pessoas, e reflete sobre como essas tragédias são sintomas de um sistema global que perpetua desigualdades e injustiças, afetando desproporcionalmente populações historicamente vulneráveis. Explora-se o conceito de «deslocados ambientais», destacando a falta de reconhecimento formal e proteção legal no âmbito internacional e doméstico. O artigo visa contribuir para as discussões sobre fluxos migratórios na América Latina, a partir do caso do Rio Grande do Sul, e conectando essa realidade às de outras regiões do continente. Argumenta-se que as mudanças climáticas exacerbam injustiças sociais e ambientais, evidenciando o impacto do colonialismo climático, e, portanto, defende-se a necessidade de políticas que protejam os deslocados ambientais e promovam justiça social e ambiental.