From a perspective that takes place in Ivan Illich´s ideas about the notion of proportionality, this article refers to the idea of limits or thresholds as a necessary element for the reconstruction of a multicultural world. But, also inspired by Illich, it takes distance from cientific-professional practices of production of statements that have nothing to do with popular practices. From outside and from the top is not possible to reconstruct “a world where many worlds can coexist”. This doesn´t mean that the search for new social paradigm is something simple. Nonetheless, the search is so deep that leads us even to reintroduce the experience of sacredness, as described by Mircea Eliade in traditional societies, as an epistemic principle for that “other” possible world.Desde una perspectiva que parte de las ideas de Iván Illich sobre la noción de proporcionalidad, el presente artículo hace referencia a la idea de límites o umbrales como un elemento necesario para la reconstrucción de un mundo multicultural. Pero, igualmente bajo la inspiración de Illich, se desmarca de las prácticas científico-profesionales que producen enunciados ajenos a las prácticas populares. Desde afuera y desde arriba no se puede reconstruir “un mundo en el que quepan muchos mundos”. Esto no implica que la búsqueda de nuevos paradigmas sociales sea algo simple. Por el contrario, la profundidad de la búsqueda nos lleva incluso a retomar la vivencia de lo sagrado, como lo describe Mircea Eliade en las sociedades tradicionales, como principio epistémico para ese “otro” mundo posible.Do ponto de vista das idéias em Ivan Illich sobre a noção de proporcionalidade, este artigo refere-se à idéia de limites ou limiares como um elemento necessário para a reconstrução de um mundo multicultural. Mas também sob a inspiração de Illich, diferença-se das práticas científicas e profissionais que produzem declarações alheias das práticas populares. Do lado de fora e de cima não pode reconstruir-se “um mundo no qual caibam muitos mundos”. Isso não significa que a busca de novos paradigmas sociais é algo simples. Por outro lado, a profundidade da busca leva a mesmo retomar a experiência do sagrado, como descrito por Mircea Eliade nas sociedades tradicionais, como princípio epistêmico ao “outro” mundo possível.