The article analyzes the discrimination experienced by South American migrant men and women (particularly Paraguayans and Bolivians) residing in the Buenos Aires Metropolitan Area (AMBA), from an intersectional perspective that includes ethnic-national origin, gender and social class. Using the Grounded Theory strategy, we analyze 24 interviews with migrant men and women of different nationalities and social classes. As a result, we identify kinds of discrimination according to the combinations of axes of oppression. At the intersection between social class and gender, working-class women experience greater labor demands and less integration in their work environments. At the intersection between gender and ethnicity, there are testimonies of sexual harassment and mistreatment in health centers. Associated with the intersection between social class and ethnicity, there are difficulties in accessing or claiming rights, lack of professional recognition in the middle class, and public stigmatization for the working class.El artículo analiza las discriminaciones que experimentan varones y mujeres migrantes sudamericanos (en particular paraguayos y bolivianos) que residen en el Área Metropolitana de Buenos Aires (AMBA), desde una perspectiva interseccional que contempla origen étnico-nacional, género y clase social. Mediante la estrategia de Teoría Fundamentada, se analizan 24 entrevistas a migrantes de distintas nacionalidades, géneros y clases sociales. Como resultado, se identificaron discriminaciones según las combinaciones de ejes de discriminación. En la intersección entre clase social y género, las mujeres obreras experimentan mayor exigencia laboral y menor integración en sus ámbitos de trabajo. En la intersección entre género y etnia, se encuentran testimonios de acoso sexual y de maltrato en centros de salud. Asociado con la intersección entre clase social y etnia, se observan dificultades para acceder o reclamar derechos, falta de reconocimiento profesional en la clase media y estigmatización pública en la clase obrera.O artigo analisa a discriminação sofrida por homens e mulheres migrantes sul-americanos (particularmente paraguaios e bolivianos) que residem na Área Metropolitana de Buenos Aires (AMBA), a partir de uma perspectiva interseccional que considera a origem étnico-nacional, o gênero e a classe social. Utilizando a estratégia da Grounded Theory, são analisadas 24 entrevistas com mulheres e homens migrantes de diferentes nacionalidades e classes sociais. Como resultado, foram identificadas discriminações de acordo com as combinações dos eixos de opressão. Na intersecção entre classe social e género, as mulheres trabalhadoras enfrentam maiores exigências de trabalho e menos integração nos seus ambientes de trabalho. Na intersecção entre género e etnia, há testemunhos de assédio sexual e maus-tratos nos centros de saúde. Associadas à intersecção entre classe social e etnia, estão as dificuldades de acesso ou reivindicação de direitos, a falta de reconhecimento profissional na classe média e a estigmatização pública na classe trabalhadora.