Recent migratory dynamics, such as the Venezuelan humanitarian crisis and the increase in entries through unauthorized border crossings, have transformed the landscape of the Tarapacá region, in Chile, intensifying housing challenges such as limited access to adequate housing, which often leads to settlement in precarious camps (informal settlements). This article explores the perceptions of Civil Society Organizations (CSOs) and state institutions regarding Venezuelan migration and its housing challenges in Iquique and Alto Hospicio. The analysis identifies three key dimensions: administrative and legal barriers that perpetuate migratory irregularity, settlement strategies in contexts considered of extreme vulnerability, such as some informal settlements in Alto Hospicio, and social and symbolic barriers linked to the criminalisation and territorial stigmatisation of irregular migration. The findings reveal both convergences and divergences with academic literature. On the one hand, the dynamism of camps as spaces of agency and the consolidation of housing trajectories are highlighted. However, some CSOs perceive them as spaces of exclusion and criminalization, while also highlighting their role as initial entry points for migrants.Las dinámicas migratorias recientes, como la crisis humanitaria venezolana y el aumento de ingresos por pasos no habilitados, han transformado el panorama de la región de Tarapacá, en Chile, intensificando desafíos habitacionales como el difícil acceso a la vivienda, que puede llevar en algunas ocasiones al asentamiento en campamentos precarios. Este artículo explora las percepciones de Organizaciones de la Sociedad Civil (OSC) e instituciones estatales sobre la migración venezolana y sus retos habitacionales en Iquique y Alto Hospicio. El análisis identifica tres dimensiones clave: barreras administrativas y legales que perpetúan la irregularidad migratoria; estrategias de asentamiento en contextos considerados de vulnerabilidad extrema, como algunos campamentos en Alto Hospicio, y barreras sociales y simbólicas relacionadas con la criminalización y estigmatización territorial de la migración irregular. Los hallazgos muestran convergencias y divergencias con la literatura académica previa. Por un lado, destaca el dinamismo de los campamentos como espacios de agencia y consolidación de trayectorias habitacionales. Sin embargo, algunas OSC los perciben como espacios de exclusión y criminalización, al mismo tiempo que revelan su rol como puntos de inserción inicial para los migrantes.As dinâmicas migratórias recentes, como a crise humanitária venezuelana e o aumento de ingressos por passos não habilitados, tem transformado o panorama da região de Tarapacá, no Chile, intensificando desafios habitacionais como o difícil acesso à habitação, que pode levar em algumas ocasiões ao assentamento em campamentos precários. Este artigo explora as percepções de Organizações da Sociedade Civil (OSC) e instituções estatais sobre a migração venezuelana e seus retos habitacionais em Iquique e Alto Hospicio. O análise identifica três dimensões chave: barreiras administrativas e legais que perpetuam a irregularidade migratória; estratégias de assentamento em contextos considerados de vulnerabilidade extrema, como alguns campamentos em Alto Hospicio, e barreiras sociais e simbólicas relacionadas com a criminalização e estigmatização territorial da migração irregular. Os descobrimentos mostram convergências e divergências com a literatura acadêmica prévia. Por um lado, destaca o dinamismo dos campamentos como espaços de agência e consolidação de trajetórias habitacionais. Mas algumas OSC os percebem como espaços de exclusão e criminalização, ao mesmo tempo que revelam seu role como pontos de inserção inicial para os migrantes.