The following article aims to highlight the immanent aspect of power relations in Foucauldian works. To this end, we will dis cuss with specific post-Foucauldian readings on bio politics. In our opinion, readings that have fallen into certain essentialisms by postulating an "exterior" unsoiled by the hand of power. To this end, we will carry out a reading of The Will to Know that values the critique of the "repressive hypothesis." Showing to what extent Foucault seeks to close the way to any ontological thought that imagines "backgrounds" that have been left un- contaminated by the hand of power. With this in mind, we will make a reading of Empire by Hardt and Negri, as we consider them to be strong exponents of Foucault's readings that have incurred an "outside" to power relations. We will identify this theoretical operation as "obstacle-substantialist" and seek to point out its limits and scope. Finally, we will balance the route, highlighting contemporary authors who currently discuss the idea of "outside." El siguiente artí­culo se propone poner de relieve el aspecto inmanente de las relaciones de poder en los trabajos foucaultianos. Para ello, discutiremos con ciertas lecturas post-foucaultianas sobre la biopolí­tica que, en nuestra opinión, han caí­do en ciertos esencialismos a partir de postular un "afuera" incontaminado por la mano del poder. Para ello, realizaremos una lectura de La voluntad de saber que ponga en valor la crí­tica a la "hipótesis represiva" , mostrando hasta qué punto Foucault busca cerrarle el paso a cualquier pensamiento ontológico que imagine "fondos" que hayan quedado incontaminados por la mano del poder. Con esto en el tintero, haremos una lectura de Imperio de Hardt y Negri por considerarlos fuertes exponentes de las lecturas de Foucault que han incurrido en un "afuera" a las relaciones der poder. Identificaremos esta operación teórica como "obstáculo-Spinoza" , y buscaremos señalar sus lí­mites y alcances. Finalmente, haremos un balance del recorrido, destacando autorxs contemporáneos que discutan actualmente la idea de "afuera" .  O seguinte artigo propõe como objetivo destacar o aspecto ima- nente das relações de poder nas obras de Foucault. Para isso, discutiremos com certas leituras pós-foucaultianas sobre a bio- polí­tica que, em nossa opinião, caí­ram em certos essencialismos ao postular um "exterior" incontaminado pela mão do poder. Para isso, faremos uma leitura de A Vontade de Saber que valo- rize a crí­tica da "hipótese repressiva" , mostrando até que ponto Foucault procura fechar o caminho para qualquer pensamento ontológico que imagine "recintos" que permaneceram inconta- minados pela mão do poder. Com isto em mente, faremos uma leitura de Império, de Hardt e Negri, por considerá-los fortes ex poentes das leituras de Foucault que incorreram em um "exte- rior" às relações de poder. Identificaremos esta operação teórica como "obstáculo-substancialistas" e procuraremos determinar seus limites e escopo. Finalmente, faremos um balanço do traje- to, destacando autores contemporâneos que atualmente discu- tem a ideia de "exterior" .