This text maintains that torture must be understood as a complex action composed of a plurality of actions. Use of the notion of "machinery" (Hilbert 1982) is proposed to approach the phenomenon, insofar as said plurality of actions constitutes an articulated whole, oriented towards efficiency and effectiveness. Like gears, all actions that, directly or indirectly, make torture possible, are part of the same machinery. These can be observed in four areas or levels of action: micro, meso, macro and supra. Hence, it is possible to argue that the actual event of torment is only one part of a larger phenomenon, the complexity of which warrants an analytical approach.El presente texto sostiene que la tortura debe ser comprendida como una acción compleja, es decir, compuesta por una pluralidad de acciones. Se propone utilizar la noción de "maquinaria" (Hilbert 1982) para aproximarse al fenómeno, en la medida en que dicha pluralidad de acciones constituye un todo articulado, orientado hacia la eficiencia y la efectividad. Componen la maquinaria de la tortura, al modo de engranajes, todas aquellas acciones que directa o indirectamente la hacen posible. Estas pueden observarse en cuatro ámbitos o niveles de acción: micro, meso, macro y supra ámbito. De allí­ que sea posible sostener que el evento especí­fico del tormento es solo una parte de un fenómeno mayor, cuya complejidad amerita una aproximación analí­tica.O presente texto sustenta que a tortura deve ser compreendida como uma ação complexa, isto é, composta por uma pluralidade de ações. Propõe-se utilizar a noção de maquinaria (Hilbert, 1982) para aproximar-se do fení´meno, na medida em que tal pluralidade de ações constitui um todo articulado, orientado à eficiência e à efetividade. Compõem a maquinaria da tortura, como engrenagens, todas aquelas ações que, direta ou indiretamente, a tornam possí­vel. Estas podem ser observadas em quatro âmbitos ou ní­veis de ação: micro, meso, macro e supra-âmbito. Por isso é possí­vel sustentar que o evento especí­fico do suplí­cio é apenas uma parte de um fení´meno maior, cuja complexidade merece uma aproximação analí­tica.