The article discusses the findings of an in-progress sociological research on political participation within stigmatized neighborhoods of Greater Santiago. Unlike the images of anger, apathy and political disinterest from where they are usually portrayed, we retrieve the experiences, meanings and expectations towards the Social Outbreak among young people with higher education and experienced in intrinsically cultural, religious and political organizations. Analytically, we identify three intelligibility criteria – decency, counterculture, and affiliation – in order to understand the ways in which young people from working-class narrate their lives, describe their own neighborhoods, and speak about the experiences lived in protests and during the constitutional process.El artículo discute los hallazgos de una investigación sociológica en curso sobre participación política en barrios estigmatizados del Gran Santiago. A diferencia de las imágenes de apatía, rabia e inactivismo político, en lo que sigue, recuperamos las experiencias, significados y expectativas en torno al Estallido Social entre jóvenes con estudios superiores y experiencia en organizaciones culturales, religiosas y políticas de base. Analíticamente, identificamos tres criterios de inteligibilidad —decencia, contracultura y militancia— que permiten comprender los modos en que los jóvenes populares narran sus vidas, describen sus barrios y relatan las experiencias vividas en las protestas y el proceso constituyente.O artigo discute as descobertas de uma pesquisa sociológica em andamento sobre a participação política nos bairros estigmatizados do Grande Santiago. Ao contrário das imagens de apatia, raiva e desinteresse político, a seguir, recuperamos as experiências, significados e expectativas em torno do Surto Social entre jovens com ensino superior e experiência em organizações culturais, religiosas e políticas de base. Analiticamente, identificamos três critérios de inteligibilidade – decência, contracultura e militância – que permitem compreender as formas em que os jovens populares narram suas vidas, descrevem seus bairros e contam as experiências vividas nos protestos e no processo constituinte.