Durante la década de 1980, sectores de la cultura de izquierda de la Argentina revisaron la propia historia reciente en términos políticos y cotidianos, incluyendo aspectos sexuales y de género. Esas revisiones estuvieron atravesadas por la idea de que había una “crisis de la izquierda” y que era necesario redefinir las características de la militancia. Todo esto se produjo en diálogo con la apertura democrática y el “destape”. Las revistas de la cultura de izquierda fueron espacios en los que se desarrollaron estos debates, se presentaron las posiciones y se esbozaron, en algunos casos, nuevas propuestas. Este artículo recupera esos debates que permiten observar cambios en materia de género y de disidencias sexuales en la cultura de izquierda en la historia reciente.During the 1980s, sectors of Argentina's left-wing culture revised their recent history on both political and everyday terms, including sexual and gender aspects. Those revisions were guided by the notion that there was a “crisis of the left” and a need to redefine the characteristics of militancy.This took place in dialogue with the democratic opening and the “destape”. The magazines of the leftist culture acted as spaces where these debates unfolded, positions were presented and, in some cases, new propositions were laid out. This article reprises those debates that make it possible to observe changes in maters of gender and sexual dissidence in the left-wing culture in recent history.Durante a década de 1980, setores da cultura de esquerda argentina revisaram sua história recente em termos políticos e cotidianos, incluindo aspectos sexuais e de gênero. Essas revisões foram cruzadas pela ideia de que havia uma “crise de esquerda” e que era preciso redefinir as características da militância. Isso ocorreu em diálogo com a abertura democrática e o “destape”. As revistas de cultura de esquerda foram espaços em que esses debates aconteceram, posições foram apresentadas e, em alguns casos, novas propostas foram delineadas.Este artigo retoma os debates que permitem observar mudanças nas questões de gênero e dissidência sexual na cultura de esquerda na história recente.