A partir del caso de la región del Maule en Chile se reflexiona acerca de los procesos de construcción de región. Utilizando las categorías de antiguas y nuevas regiones e identidades funcionales y profundas (Paasi, 2011; Terlouw, 2011), se revisan los efectos territoriales que tuvo el proceso de regionalización chileno iniciado en los años setenta. Utilizando diversas fuentes de información, se ponen en evidencia las desigualdades que el proceso de regionalización produjo en el territorio, proceso conceptualizado –en el caso del Maule– como de constitución de la región nueva, asentada en torno a las dos ciudades más importantes del territorio así definido; y precarización de la región antigua, representada por las antiguas provincias. La primera se consolida en desmedro de la segunda. Pese a estas diferencias, se constata, al mismo tiempo, las hibridaciones: la región nueva contiene a la región antigua, y viceversa. Se concluye que articular esta dicotomía es central para los procesos de desarrollo regional.This article reflects on the processes of region building, considering the case of the Maule region in Chile. Drawing upon the categories of old and new regions, as well as functional and deep identities (Passi, 2011; Terlouw, 2011), the territorial effects related to the Chilean process of regionalization, started in the 1970s are reviewed. Using different sources of information, the inequalities generated in the territory by this process are shown, conceptualized as the constitution of the new region, based in the two main cities of the region; and the precarization of the old region, represented by the old provinces. The first region is developed at the expense of the second one. Despite these differences, two hybridations are observed; the new region includes the old one, and vice versa. It is concluded that the management of this dichotomy is key to the processes of regional development. A partir do caso da Região do Maule no Chile se reflete sobre os processos de construção da região. Utilizando as categorias das antigas e novas regiões e identidades funcionais e profundas respectivamente (Passi, 2011; Terlouw, 2011), são revisados os efeitos territoriais que teve o processo chileno de regionalização iniciado na década de 70.Utilizando diversas fontes de informação colocamos em evidencia as desigualdades que o processo de regionalização produziu no território, processo que conceitualizamos como de constituição da região nova, assentada em torno das duas cidades mais importantes da região; e precarização da região antiga, representada pelas antigas províncias. A primeira se consolida em detrimento da segunda. Considerando estas diferenças constatamos ao mesmo tempo os hibridismos: a região nova  contém a região antiga e vice-versa. Conclui-se que articular esta dicotomia é central para os processos de desenvolvimento regional.