Reflections on the Conceptions of the Body in Speech-Language Therapy and the Challenges that Arise from Cripistemology
Reflexiones sobre las concepciones del cuerpo en el actuar fonoaudiológico y los desafíos que surgen desde la epistemología Crip;
Reflexões sobre concepções de corpo no atuar fonoaudiológico e os desafios da epistemologia Crip
Author
Bermúdez Jaimes, Gloria Isabel
Abstract
This article proposes a critique of the truth-knowledge-power relationship that underlies the notions of the normative body established by medical knowledge since the Modern era, and that is still sustained in the present thanks to the actions of disciplines such as speech-language therapy. From this perspective, speech-language therapy is identified as a source of production and reproduction for these notions, following binary reasonings based on dualisms such as health/disease, functionality/dysfunctionality, and ability/disability. I describe Cripistemology as a new critical form of resistance to the biomedical knowledge that established these dualisms and that has maintained forms of power and entrapments of life in which people with disabilities are entrapped, excluded, and relegated. I conclude that, just as the social model of disability posed new epistemological and ethical challenges for how society should politically respond to disability at the end of the twentieth century, today, through the proposal of Cripistemology, the social movements for disability call on the biomedical knowledge and the professions that base their activities on it, to reconsider how they build, validate, and generalize knowledge about disability. Taking on this challenge will lead to transformations in speech therapy practices that involve thinking of actions, not on the body, but from the bodies, to construct knowledge situated in embodied subjects, capable of distancing themselves from the traditional, Eurocentric, English-speaking, and hegemonic biomedical knowledge. El artículo plantea una crítica a la relación verdad-saber-poder que fundamenta las nociones de cuerpo normativo, instauradas por el saber médico desde la modernidad y que se sostiene aún en el presente, gracias al actuar de profesiones como la fonoaudiología. Desde esta perspectiva, se ubica la profesión de fonoaudiología como fuente productora y reproductora de estas nociones de cuerpo normativo, bajo lógicas binarias relacionadas con dualismos como la relación salud/enfermedad, funcionalidad/disfuncionalidad y capacidad/discapacidad. Describo la epistemología Crip como una nueva apuesta crítica de resistencia al biosaber médico que instauró estos dualismos y que ha mantenido formas de poder y captura de la vida en las que las personas con discapacidad quedan atrapadas, excluidas y relegadas. Concluyo que, al igual que el modelo social de la discapacidad implicó nuevos retos epistemológicos y éticos para el actuar de la sociedad en relación con la forma en que se respondía políticamente a la discapacidad a finales del siglo XX, hoy en día, a través de la sugestiva propuesta de la epistemología Crip, nuevamente los movimientos sociales de la discapacidad confrontan al saber médico, y a las profesiones que se ubican desde allí, a reconsiderar la forma en que construyen, validan y generalizan el saber sobre la discapacidad. Asumir este reto derivará en transformaciones sobre el actuar fonoaudiológico que implican pensar un actuar, no sobre el cuerpo, sino desde los cuerpos; implica construir un saber situado desde un sujeto encarnado y capaz de desmarcarse del biosaber tradicional, eurocéntrico, angloparlante, hegemónico. O artigo traz uma crítica à relação verdade-conhecimento-poder que fundamenta as noções do corpo normativo configuradas pelo conhecimento médico desde a modernidade e que se mantém ainda no presente graças ao atuar de profissões como a fonoaudiologia. Desde esta perspectiva, localiza-se a profissão da fonoaudiologia como fonte produtora e reprodutora das noções do corpo normativo sob lógicas binárias relacionadas com dualismos como a relação saúde\doença, funcionalidade\disfuncionalidade, e capacidade\incapacidade. A partir disso, descreve-se a epistemologia Crip como uma nova proposta crítica de resistência ao bio-conhecimento médico que configurou estes dualismos e que tem mantido formas de poder e visão da vida na qual as pessoas com incapacidade ficam atrapalhadas, excluídas e relegadas. Conclui-se que, da mesma forma que no final do século XX o modelo social da incapacidade trouxe novos desafios epistemológicos e éticos para o atuar da sociedade com relação na maneira em que se respondia politicamente à incapacidade, hoje em dia, através da sugestiva proposta da epistemologia Crip, novamente os movimentos sociais da incapacidade confrontam ao conhecimento médico e às profissões que se localizam desde esse lugar, para reconsiderar a maneira em que constroem, validam e generalizam o conhecimento sobre a incapacidade. Assumir este desafio derivará em transformações sobre o atuar fonoaudiológico que acarretam pensar num atuar, não sobre o corpo, senão desde os corpos, para construir um conhecimento situado desde um sujeito encarnado e capaz de se desencaixar do bio-conhecimento tradicional, eurocêntrico, anglofalante e hegemónico.