Women Living their Old Age Autonomously: New Readings from Life Courses and Historical Injustices
Mujeres viviendo su vejez de manera autónoma: nuevas lecturas desde los cursos de vida y las injusticias históricas;
Mulheres vivendo a sua velhice de forma autónoma: novas leituras desde os cursos de vida e injustiças históricas
Author
Castillo Delgado, Alondra
Abstract
This essay is the product of a reflection on the autonomy of women in their old age, and their contributions to the field of health. From stories gathered during a doctoral study regarding their health care, personal reflections emerge that provide new theoretical constructs and challenge the hegemonic proposals related to this matter, thus generating knowledge that is situated and decolonizing, which in turn allows perceiving old age differently. Two central ideas derive from this process: first, it is important to understand the semantic distance between autonomy and independence, where autonomy is built as a decision about oneself and not as the ability to perform the actions that mobilize those decisions; therefore, being autonomous and being independent are parallel and complementary paths that contribute to healthy aging. Secondly, embodying autonomy is an experience that is historically constructed and changes as women age and abandon the obligation to take care of others, centering themselves in their own lives. This does not erase the fact that ageism could threaten their experience. It is proposed to resemanticize these concepts in the context of health and to incorporate a critical and reflexive perspective into health care practices that acknowledges the life courses and the multiple discriminatory systems that undermine the trajectories of women in their old age, to contribute to the construction of a more just and equitable society. El presente ensayo es producto de una reflexión que aborda la autonomía de las mujeres que viven sus vejeces y sus aportes al ámbito de la salud. Desde relatos construidos en una investigación doctoral, sobre sus propios cuidados en salud, emergen reflexiones personales que aportan nuevos constructos teóricos y ponen en tensión las propuestas hegemónicas referidas a este tema, generándose así un saber situado, descolonizador, que abre las puertas a mirar las vejeces de una forma distinta. A partir de este proceso se rescatan dos ideas fuerzas: en primer lugar, comprender la distancia semántica entre autonomía e independencia, desde donde se construye la autonomía como una decisión sobre sí mismas y no como la capacidad de realizar las acciones que movilizan esas decisiones, por lo tanto, ser autónoma y ser independiente son caminos paralelos y complementarios que contribuyen a su envejecimiento saludable. En segundo lugar, que el habitar la autonomía es una experiencia históricamente construida y va cambiando en la medida que ellas envejecen y abandonan la obligatoriedad de cuidar de otras personas, situándose en el centro de sus vidas, sin perder de óptica la amenaza que puede generar el viejismo en esta vivencia. Se propone con ello re-semantizar estos conceptos en salud e incorporar a la praxis sanitaria una perspectiva reflexiva crítica que reconozca el curso de vida y la multiplicidad de sistemas discriminatorios que precarizan las historias de las mujeres que viven sus vejeces, para contribuir con ello a la construcción de una sociedad más justa y equitativa. Este ensaio é produto de uma reflexão sobre a autonomia das mulheres que vivem a sua velhice e as suas contribuições para o campo da saúde. Das histórias construídas numa investigação doutoral, sobre os seus próprios cuidados de saúde, emergem reflexões pessoais que contribuem para novas construções teóricas e colocam em tensão as propostas hegemônicas referidas a este tópico, gerando assim um conhecimento situado e descolonizador que abre as portas para olhar as velhices de uma forma diferente. A partir deste processo, são resgatadas duas ideias-forças: em primeiro lugar, compreender a distância semântica entre autonomia e independência, de onde a autonomia é construída como uma decisão sobre si mesma e não como a capacidade de realizar as ações que mobilizam essas decisões; portanto, ser autônoma e ser independente são caminhos paralelos e complementares que contribuem para um envelhecimento saudável. Em segundo lugar, que habitar a autonomia é uma experiência historicamente construída e muda à medida que elas envelhecem e abandonam a obrigação de cuidar dos outros, colocando-se no centro das suas vidas, sem perder de vista a ameaça que o velhismo pode gerar nesta experiência. O proposto é re-semantizar estes conceitos na saúde e incorporar na práxis sanitária uma perspectiva reflexiva crítica que reconheça o curso da vida e a multiplicidade de sistemas discriminatórios que tornam precárias as histórias de mulheres que vivem as suas velhices, a fim de contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.