In the last two decades Santiago de Chile has experienced an important verticalization process, promoted by financialization in a context of urban neoliberalism, which has radically transformed the built environment in central areas, the sociodemographic composition, as well as the social practices and interactions of its inhabitants. Although the literature recognizes a low local sociability in neighborhoods of intensive densification by high-rise buildings, this paper proposes to consider the importance of daily encounters in the public space and the emergence of eventual links in everyday practices, thus expanding the notion of local sociability. Three vertical neighborhoods in Santiago, Chile, were analyzed through secondary data about their urban environment, as well as primary data collected through surveys, focus groups, and network interviews. The results indicate that, although densification by high-rise construction inhibits social interaction at a building level and deteriorates the formation of strong ties at a neighborhood level, in some cases, the daily use of public space and local commerce, as well as neighborhood organization, favor the emergence of public familiarity bonds, transforming the traditional idea of neighborhood community. Based on these results, we seek to discuss the social impacts of the processes of densification by verticalization, in relation to daily practices in the formation of communities. En las últimas dos décadas, Santiago de Chile ha experimentado un importante proceso de verticalización, promovido por la financiarización en un contexto de neoliberalismo urbano, que ha transformado radicalmente el entorno construido en las áreas centrales, la composición sociodemográfica, así como las prácticas e interacciones sociales de sus habitantes. Si bien la literatura reconoce una baja sociabilidad local en barrios de densificación intensiva por edificación en altura, este trabajo propone considerar la importancia de los encuentros cotidianos en el espacio público y la emergencia de vínculos eventuales en las prácticas habituales, ampliando así la noción de sociabilidad local. Se analizaron tres barrios verticales en Santiago de Chile, a través de datos secundarios del entorno, así como datos primarios, recolectados mediante encuestas, focus group y entrevistas de redes. Los resultados indican que, si bien la densificación por edificación en altura inhibe la interacción social a escala del edificio y deteriora la formación de vínculos fuertes a escala barrial, en algunos casos, el uso cotidiano del espacio público y del comercio local, así como la organización vecinal, favorecen el surgimiento de vínculos de familiaridad pública, transformando la idea tradicional de comunidad barrial. A partir de estos resultados, se busca discutir sobre los impactos sociales de los procesos de densificación por verticalización, en relación con las prácticas cotidianas en la formación de comunidades. Nas últimas duas décadas Santiago do Chile passou por um importante processo de verticalização, promovido pela financeirização e pelo neoliberalismo urbano, transformando radicalmente o ambiente construído e a composição sociodemográfica de várias áreas da cidade. Embora a literatura identifique a baixa sociabilidade de bairro em bairros densificados e verticais, propomos considerar trabalhos recentes sobre laços fracos que emergem dos encontros diários no espaço público, alargando a noção de sociabilidade e comunidade de bairro. O objectivo deste artigo é explorar os efeitos da libertação das regulamentações urbanas, característica do neoliberalismo, sobre o ambiente construído, as práticas quotidianas, e a formação de uma "familiaridade pública", com base na análise de três bairros verticais em Santiago, Chile. Os resultados indicam que, embora a alta densidade e verticalização inibam a interacção social ao nível do edifício e deterioram a formação de fortes laços ao nível do bairro, em alguns casos, a organização do bairro e o uso diário do espaço público e do comércio local incentivam a formação de laços de familiaridade, transformando a ideia tradicional de comunidade de bairro, confrontando os processos de deslocação e individualização, característicos da cidade neoliberal. Com base nestes resultados, pretendemos discutir os impactos sociais dos processos neoliberais de densificação e verticalização, indagando sobre os atributos urbanos promovidos pelas regulamentações urbanas que restringem a sociabilidade e a comunidade, em contraste com as práticas quotidianas que as promovem.