Abstract This article analyses the forms in which women have represented their displacements through diverse territories using the crónica genre, even when the travel as theme is not necessarily the narrative focus. The cases studied here are not based on the experience of traveling for pleasure or tourism, and therefore this study identifies differences between recent female travel writing and travel writing that traditionally has been produced by a professional travel chronicler, usually a man. The article compares two chronicle collections: Banco a la sombra, by María Moreno and Cuando llegaron los bárbaros, by Magali Tercero. It proposes that the motivation for traveling, in the case of these women authors, is more related to a personal, creative or professional search and less to an authorial intention of producing a crónica de viajes (travel chronicle). It is concluded that in order to narrate displacements within the current globalized context, Latin American women chroniclers employ modern discourse strategies, such as melodrama and nostalgic evocations, which allows them to express affective bonds with specific territories, communities and subjects during their travels.Este artículo analiza las formas en que a través del género de la crónica las mujeres representan su desplazamiento por diversos territorios, incluso cuando el tema del viaje no necesariamente sea el eje del relato. Los casos estudiados aquí no giran en torno a la experiencia del viaje de placer o turístico, con lo cual se identifican diferencias entre la narrativa femenina de viajes reciente y aquella que tradicionalmente ha sido producida por un cronista de viajes profesional, usualmente masculino. A través de un análisis comparativo de las colecciones de crónicas Banco a la sombra, de María Moreno y Cuando llegaron los bárbaros, de Magali Tercero, se propone que las motivaciones para el viaje en el caso de las cronistas mujeres obedecen más a una búsqueda personal, creativa o profesional que a una intención autoral de producir una “crónica de viajes”. Se concluye que las cronistas latinoamericanas, al relatar desplazamientos propios de la globalización contemporánea, recurren a estrategias discursivas modernas como el melodrama y la evocación nostálgica para expresar sus lazos afectivos con territorios, comunidades y sujetos específicos durante sus viajes.Este artigo analisa as formas em que através do gênero da crónica mulheres representam seu deslocamento por diversos territórios, inclusive quando o tema da viagem não seja necessariamente o eixo do relato. Os casos estudados aqui não giram em torno da viagem de prazer ou turística, com o qual se identificam diferenças entre a narrativa feminina de viagens recente e aquela que tradicionalmente tem sido produzida por um cronista de viagens profissional, usualmente masculino. Através de uma análise comparativa das coleções de crônicas Banco a la sombra, de María Moreno e Cuando llegaron los bárbaros, de Magali Tercero, propõe-se que as motivações para a viagem no caso das cronistas mulheres obedecem mais a uma bússola pessoal, criativa ou profissional que a uma intenção autoral de produzir uma “crônica de viagens”. Conclui-se que as cronistas latino-americanas, ao relatar deslocamentos próprios da globalização contemporânea, recorrem a estratégias discursivas modernas como o melodrama e a evocação nostálgica para expressar seus laços afetivos com territórios, comunidades e sujeitos durante suas viagens.