Academic interest in migratory processes on the Mexico-United States border has traditionally focused on the arrival of diverse subjects to the north of the Rio Grande / Bravo from the southern neighbor. However, the historical building of this border involved different social actors and processes that constituted multidimensional migratory flows. Among others, approximately 4,000 enslaved African Americans left United States in their way to Mexico during 19th century. This paper will analyze the representations that these African-American men and women built about the border. In their role as historical agents, they associated Mexico with possibilities of freedom and social mobility and, as a result, they crossed to the south despite the difficulties it implied.El interés académico por los procesos migratorios en la frontera entre México y Estados Unidos tradicionalmente se ha centrado en la llegada de sujetos de diversas procedencias al norte del río Bravo/Grande, desde el vecino del sur. No obstante, la construcción histórica de esta frontera involucró diversos actores y procesos que constituyeron flujos migratorios multidimensionales, entre los que se cuenta la llegada de aproximadamente 4.000 esclavizados afroamericanos a México durante varias décadas del siglo XIX. En este sentido, en el presente artículo se abordarán las representaciones construidas por estos hombres y mujeres afroamericanos que, en su rol de agentes históricos, asociaron a México con posibilidades de libertad y ascenso social y tomaron la decisión de cruzar hacia el sur a pesar de las dificultades que esto implicaba.O interesse acadêmico nos processos migratórios na fronteira entre o México e os Estados Unidos tradicionalmente se concentra na chegada de sujeitos de várias fontes ao norte do Rio Grande / Bravo, a partir do vizinho do sul. No entanto, a construção histórica dessa fronteira envolveu vários atores e processos que constituíram fluxos migratórios multidimensionais, incluindo a chegada de aproximadamente 4.000 escravos afro-americanos ao México durante várias décadas do século XIX. Nesse sentido, este artigo abordará as representações que esses homens e mulheres afro-americanos construíram na fronteira que, em seu papel de agentes históricos, associaram o México a possibilidades de liberdade e avanço social e tomaram a decisão de atravessar para o sul apesar das dificuldades envolvidas.