This article analyses the challenges of modernising the Latin American state from the perspective of social realism and proposes two mechanisms for implementing change. To do so, it historically situates the problem of Latin American state modernisation and characterises the relational trends between civil society and the state. From this initial analysis, he concludes that there is a lack of political representation due to the existence of an incompatible relationship between the vested interests that control the state and those of organised civil society. The mechanisms proposed in this article to bridge this gap are aimed at increasing the state's capacity to fulfil the public functions required by the general interest: a first mechanism acts correctively on the economic system and has as its protagonists social movements and corporate groups already constituted in civil society; and a second mechanism acts proactively, ideationally and structurally diversifying primary groups, currently not constituted as interest groups, to manage areas of the social sphere. On reflection, we believe that the emergence of a contingency that poses the challenge of strategic renewal at the national level could alter the incompatibility between state and civil society, thus opening up the opportunity to build new agencies around the general interests that underpin our political community.Este trabajo revisa desde el realismo social los desafíos para la modernización del Estado latinoamericano y propone dos mecanismos para la implementación del cambio. Para lograr esto, sitúa históricamente el problema de la modernización del Estado latinoamericano y caracteriza las tendencias relacionales entre la sociedad civil y el Estado. Concluye de esta primera revisión la existencia de una brecha de representación política por la existencia de una relación de incompatibilidad entre los intereses creados que controlan el Estado y los de la sociedad civil organizada. Los mecanismos que propone este artículo para cerrar esta brecha se orientan a aumentar la capacidad estatal para cumplir las funciones públicas que demanda el interés general: un primer mecanismo actúa correctivamente sobre el sistema económico y tiene por protagonista a los movimientos sociales y grupos corporativos ya constituidos de la sociedad civil; y un segundo mecanismo, actúa propositivamente diversificando ideacional y diferenciando estructuralmente a grupos primarios, actualmente no constituidos como grupos de interés, para gestionar áreas de lo social. A modo de reflexión, creemos que la emergencia de una contingencia que eleve a nivel nacional el desafío de renovación estratégica, puede cambiar la incompatibilidad instalada entre el Estado y la sociedad civil, y así abrir la oportunidad para la construcción de nuevas agencias en torno a los intereses generales que están a la base de nuestra comunidad política.Este artigo analisa os desafios da modernização do Estado latino-americano na perspetiva do realismo social e propõe dois mecanismos para a implementação da mudança. Para o efeito, situa historicamente o problema da modernização do Estado latino-americano e caracteriza as tendências relacionais entre a sociedade civil e o Estado. Conclui-se, a partir desta primeira análise, que existe um défice de representação política devido à existência de uma relação incompatível entre os interesses instalados que controlam o Estado e os da sociedade civil organizada. Os mecanismos propostos neste artigo para colmatar esta lacuna estão orientados para aumentar a capacidade do Estado para cumprir as funções públicas exigidas pelo interesse geral: um primeiro mecanismo actua corretivamente sobre o sistema económico e tem como protagonistas os movimentos sociais e os grupos corporativos já constituídos na sociedade civil; e um segundo mecanismo actua proactivamente, diversificando ideacional e estruturalmente grupos primários diferenciadores, atualmente não constituídos como grupos de interesse, para gerir áreas da esfera social. A título de reflexão, acreditamos que a emergência de uma contingência que coloca o desafio da renovação estratégica a nível nacional pode alterar a incompatibilidade entre o Estado e a sociedade civil, abrindo assim a oportunidade para a construção de novas agências em torno dos interesses gerais que estão na base da nossa comunidade política.