Mexican ejidos, Uruguayan housing cooperatives and Brazilian quilombos are Latin American forms of collective ownership, products of different social processes and struggles, which have in common the fact that they are regulated by the State, and incorporated into their countries’ public policies. In this article, we reflect on some of the contradictions involved in the institutionalization of collective ownership in these three cases. The research was carried out based on field visits, interviews with local participants and researchers on the subject, and literature review. It draws on international academic production on the themes of collective ownership, autonomy, and the commons, especially authors who approach these themes as instituting practices. On the one hand, the institutionalization of collective ownership by the State limits and controls the possibilities of autonomy in the management of territories, seeking to frame them within the lexicon of ownership. On the other hand, as a product and platform of social struggles, it opens up possibilities for the development of collective political subjects, processes of autonomization and practices of commoning. The further these practices are present in dimensions of labor, production, social reproduction, and collective territorial management, the more these subjects and processes are able to establish a becoming-counter-proprietorship.Los ejidos mexicanos, las cooperativas de vivienda uruguayas y los quilombos brasileños son formas latinoamericanas de propiedad colectiva, producto de diferentes procesos y luchas sociales, que comparten el hecho de estar reguladas por el Estado e incorporadas a las políticas públicas de sus países. En este artículo reflexionamos sobre algunas de las contradicciones implicadas en el camino de la institucionalización de la propiedad colectiva en estos tres casos. La investigación se basó en visitas de campo, entrevistas a participantes locales e investigadores del tema, así como en una revisión bibliográfica. Además de apoyarse en la producción académica internacional sobre los temas de propiedad colectiva, autonomía y los comunes, especialmente en autores que abordan estos temas como prácticas instituyentes. Por un lado, la institucionalización de la propiedad colectiva por parte del Estado limita y controla las posibilidades de autonomía en la gestión de los territorios, buscando enmarcarlos en el léxico de la propiedad. Sin embargo, por el otro, como producto y plataforma de luchas sociales, abre posibilidades para el desarrollo de sujetos políticos colectivos, procesos de autonomización y comunalización. Cuanto más presentes estén estas prácticas en las dimensiones del trabajo, la producción, la reproducción social y la gestión territorial colectiva, más condiciones tendrán esos sujetos y procesos para establecer un devenir-contra-propietario.Ejidos mexicanos, cooperativas habitacionais uruguaias e quilombos brasileiros são formas de propriedade coletiva latino-americanas, produtos de distintos processos e lutas sociais, que compartilham o fato de serem normatizadas pelo Estado e incorporadas nas políticas públicas de seus países. Neste artigo, refletimos sobre algumas das contradições envolvidas nos percursos de institucionalização da propriedade coletiva nestes três casos. A investigação foi desenvolvida a partir de visitas de campo, entrevistas com participantes locais e pesquisadores do tema, além de revisão bibliográfica. Apoia-se na produção acadêmica internacional nos temas da propriedade coletiva, autonomia e comuns, especialmente os autores que abordam esses temas como práticas instituintes. Por um lado, a institucionalização da propriedade coletiva pelo Estado limita e controla as possibilidades de autonomia na gestão dos territórios, buscando enquadrá-los no léxico proprietário. Por outro, como produto e plataforma de lutas sociais, abre possibilidades de desenvolvimento de sujeitos políticos coletivos, processos de autonomização e comunalização. Quanto mais estas práticas estão presentes nas dimensões de trabalho, produção, reprodução social e gestão territorial coletiva, mais condições esses sujeitos e processos têm de instituir um devir-contra-proprietário.