The research seeks to present a different point of view from the one commonly shared regarding the characteristics of land occupations prior to the emergence of the La Victoria settlement in 1957. It is argued that urban studies have tended to simplify the practices and logics within these territories during that period, understanding them only as a kind of prehistory of organized land occupations. Therefore, through a documentary analysis of secondary sources, the paper contributes the following conclusions about the so-called callampas (“mushroom” shantytowns): their initial characteristics were closely linked to the developmentalist regime and its industrial expression in Santiago; their location was central rather than peripheral; in some cases, they were already formed based on prior organized efforts; they had practices of self-governance and planning of the inhabited space; and there was already politicization among some of their members. Thus, it is concluded that it is erroneous to understand land occupations —today known as campamentos (encampments)— in evolutionary terms, since historically it has been a complex phenomenon with differentiated expressions arising from an overlapping of economic, social, circumstantial, and agential factors which ultimately give shape and life to this type of periphery.La investigación busca presentar un punto de vista diferente al comúnmente compartido en torno a las características de las ocupaciones de terrenos previo al nacimiento de la población La Victoria en 1957. Se plantea que los estudios urbanos han tendido a simplificar las prácticas y lógicas al interior de estos territorios en dicho periodo, entendiéndolos solo como una suerte de prehistoria de las tomas organizadas. Por ello, mediante un análisis documental de fuentes secundarias, el escrito aporta con las siguientes conclusiones acerca de las denominadas callampas: sus características iniciales se encuentran estrechamente vinculadas con el régimen desarrollista y su expresión industrial en Santiago; su ubicación era central y no periférica; en algunos casos ya se formaban a partir de una organización previamente concertada; contaban con prácticas de autogobierno y planificación del espacio habitado; y, finalmente, ya existía politización por parte de algunos de sus miembros. Por lo tanto, se plantea que es erróneo entender el fenómeno de las tomas de terreno —hoy campamentos— en términos evolutivos, ya que históricamente ha sido un fenómeno complejo formado por una superposición de factores económicos, sociales, coyunturales y agenciales, los cuales dan forma y vida a este tipo de periferias.A pesquisa busca apresentar um ponto de vista diferente do comumente compartilhado em torno das características das ocupações de terra antes do nascimento do assentamento de La Victoria em 1957. Argumenta-se que os estudos urbanos tenderam a simplificar as práticas e lógicas dentro desses territórios nesse período, entendendo-os apenas como uma espécie de pré-história das ocupações organizadas. Portanto, por meio de uma análise documental de fontes secundárias, o artigo apresenta as seguintes conclusões sobre as chamadas callampas: suas características iniciais estão intimamente ligadas ao regime desenvolvimentista e sua expressão industrial em Santiago; sua localização era central e não periférica; em alguns casos, já se formavam a partir de uma organização previamente concertada; contavam com práticas de autogoverno e planejamento do espaço habitado; e já existia politização por parte de alguns de seus membros. Portanto, considera-se errado entender as ocupações de terra — hoje acampamentos — em termos evolutivos, uma vez que historicamente têm sido um fenômeno complexo que apresenta expressões diferenciadas a partir de uma sobreposição de fatores econômicos, sociais, conjunturais e de agência, os quais acabam por dar forma e vida a esse tipo de periferia.