Hambre, revolución y derrota: El Cinema Novo y los desencuentros de la modernidad latinoamericana;
Author
González García, Mónica
Abstract
This essay analyzes several films from the 1960s Cinema Novo movement in Brazil. These observations are focused on the concepts of hunger, revolution and defeat, and evaluate what I describe as the last great clash of modernity in Latin America, namely, the end of redemptive left-wing utopia. As I argue it is possible to identify signs of profound cultural change in Brazil in certain films made in that decade, in which the violence present in Castro Rocha’s “dialectics of marginality” was overcome by the playfulness of Antonio Candido’s “dialectics of roguery”. However, this time, “roguery” brought along the “cordial” mediation of the market. This analysis, focused primarily on the films by Nelson Pereira dos Santos, Glauber Rocha, and Joaquim Pedro de Andrade, seeks to point out the changes portrayed in the 1960s Cinema Novo as a synecdoche of similar cultural transformations in the rest of Latin America. En este ensayo recorro diversas películas del Cinema Novo brasileño de la década de 1960, a partir de los conceptos hambre, revolución y derrota, para examinar lo que describo como el último gran desencuentro de la modernidad en América Latina –a saber, el fin de las utopías redentoras de izquierda. Según explico, en ciertas obras cinematográficas de esta década es posible hallar claves del profundo cambio que experimentó el campo cultural brasileño, donde la introducción de la violencia de la “dialéctica de la marginalidad” (Castro Rocha) fue superada por la jovialidad de la “dialéctica del malandrinaje” (Candido). No obstante, esta vez el malandrinaje trajo consigo la mediación “cordial” del mercado. Mi análisis, centrado principalmente en películas de Nelson Pereira dos Santos, Glauber Rocha y Joaquim Pedro de Andrade, busca leer los cambios sintomatizados por el Cinema Novo de la década de 1960 como sinécdoque de transformaciones culturales similares en el resto de América Latina. Neste ensaio, percorro diversos filmes do Cinema Novo brasileiro da década de 1960, a partir dos conceitos da fome, revolução e derrota, para examinar o que descrevo como o último grande desencontro da modernidade na América Latina –a saber, o fim das utopias redentoras da esquerda. De acordo com meu argumento, em certas obras cinematográficas dessa década, é possível identificar sinais da profunda mudança experimentada pelo campo cultural brasileiro, onde a introdução da violência da “dialética da marginalidade” (Castro Rocha) foi superada pela jovialidade da “dialética da malandragem” (Candido). No entanto, desta vez a malandragem trouxe consigo a mediação “cordial” do mercado. Minha análise, focado principalmente nos filmes de Nelson Pereira dos Santos, Glauber Rocha e Joaquim Pedro de Andrade, busca ler as mudanças sintomatizadas pelo Cinema Novo da década de 1960 como sinédoque de transformações culturais similares no resto da América Latina.