A mística em Agustina Bessa-Luís e Clarice Lispector;
Author
Dal Farra, Maria Lúcia
Abstract
This article examines how two female writers from the same generation approach the feminine condition: the Brazilian Clarice Lispector (born in 1920) and the Portuguese Agustina Bessa-Luís (born in 1922). The analysis focuses on two of their novels published in the same time period: La Sibila, by Agustina, was written in 1954, and La Pasión Según G.H., by Clarice, was written in 1964. Through diverse narrative and discursive strategies, these two works explore the mystical nature (which encompasses the feminine condition) in order to address the cultural, structural and ideological grounds from where they are based. By doing so, they expose the inability to adapt to the idea of a stable world and undermine the code of the novelistic genre. Se trata de examinar la aproximación a la condición de mujer en dos escritoras de la misma generación: la brasileña Clarice Lispector (nacida en 1920) y la portuguesa Agustina Bessa-Luís (nacida en 1922). Son objeto de estudio las respectivas novelas que publican en un mismo período: La sibila, de Agustina, es de 1954, y La pasión según G.H., de Clarice, es de 1964. A través de estrategias narrativas y discursivas muy diversas, cada obra se vale de la temática de la naturaleza mística (que envuelve lo femenino) para solapar las bases culturales, estructurales e ideológicas de donde parten, exponiendo la inadaptación al mundo estabilizado y demoliendo el código novelesco. Trata-se de examinar a abordagem da condição concernente à mulher em duas escritoras da mesma geração: a brasileira Clarice Lispector (nascida em 1920) e a portuguesa Agustina Bessa-Luís (nascida em 1922). São objeto do estudo os respectivos romances que publicam numa mesma faixa temporal: A sibila, de Agustina, é de 1954, e A paixão segundo G.H., de Clarice, é de 1964. Cada obra, através de estratégicas narrativas e discursivas muito diversas, se vale da temática da natureza mística (que envolve o feminino) para solapar as bases culturais, estruturais e ideológicas de onde partem, expondo a inadaptação ao mundo estabilizado e desmanchando o código romanesco.