This article intends to present a sociological reading of the dimensions of social differentiation experienced by internal migrants from Chiloé in Magallanes. Through qualitative interviews with migrants who arrived before 1980, we identify the historical and social dimensions of insertion processes into a different society and how the Chiloé being is materialized, which has effects until today. We consider the conceptual traditions that describe one another's construction through foreigner and migrant notions to generate significant analytical yields for internal migration processes. We conclude that the differentiation and discrimination of Chilote people in Magallanes have a more latent than manifest character, but stable over time reproduced up to the present.En este artí­culo se pretende presentar una lectura sociológica de dimensiones de la diferenciación social que vivencian los y las migrantes internas de Chiloé en Magallanes. A través de realización de entrevistas cualitativas a migrantes llegados antes de 1980, se identifican dimensiones históricas y sociales de los procesos de inserción a una sociedad diferente y cómo se materializa el ser chilote, lo que tiene efectos hasta el dí­a de hoy. Se considera que las tradiciones conceptuales que describen la construcción de un otro a través de la noción de extranjero y migrante generan importantes rendimientos analí­ticos para procesos de migración interna, y a partir de ello, se concluye que la diferenciación y discriminación de chilotes en Magallanes tiene un carácter más latente que manifiesto, pero estable en el tiempo que se reproduce hasta la actualidad.Este artigo visa apresentar uma leitura sociológica das dimensões da diferenciação social experimentada pelos indiví­duos que praticaram a migração interna entre Chiloé e a região de Magalhães. Através da realização de entrevistas qualitativas aos migrantes que chegaram antes de 1980, são identificadas dimensões históricas e sociais dos processos de inserção em uma sociedade diferente e como se materializa o ser chilote, o que possui efeitos até os dias de hoje. Considera-se que as tradições conceituais que descrevem a construção de um outro através da noção de estrangeiro e migrante geram importantes rendimentos analí­ticos para os processos migratórios internos e, a partir disso, conclui-se que a diferenciação e discriminação dos chilotes em Magalhães apresenta um caráter mais latente do que manifesto, porém estável no decorrer do tempo e que se reproduz até a atualidade.