“And the verb was turned into flesh, and dwelled among us” – the south-south transnationalisation of brazilian pentecostalism: the IURD and the project of modern Angola
“E o verbo se fez carne, e habitou entre nós” - a transnacionalização sul-sul do pentecostalismo brasileiro: a IURD e o projeto da moderna Angola;
“E o verbo se fez carne, e habitou entre nós” - a transnacionalização sul-sul do pentecostalismo brasileiro: a IURD e o projeto da moderna Angola
Author
Souza Junior, Paulo Gracino de
Silva, Janine Targino da
Jesus, Armindo Feliciano de
Full text
https://www.revistaculturayreligion.cl/index.php/revistaculturayreligion/article/view/1070Abstract
This article focuses on the South-South transnational connection of Brazilian Pentecostalism in Angola, focusing on representations and perspectives aimed at modernisation. It is argued, therefore, that the Universal Church of the Kingdom of God (UCKD) has been inserted in Angola as a modernising agent that has been responsible for cultural reforms, the objective of which are to readapt individuals in the new liberal political structure. Their proselytizing aspect ends up dismantling the stable identities of the past, focusing on the emergence of a more individualistic conception of the subject, in order to meet the economic dynamics of contemporary capitalism. In this sense, the authors make use of the idea of the “resonance machine” by Willian Connolly (2005), in which the public face of the UCKD in Angola is being constituted in its interface with state policies, social problems, local cultural arrangements, and national legal norms. The authors are especially interested in the interactions between the discursive practices of the UCKD and liberalising state policies, both in the Church's public discourse and in the construction of subjects and subjectivities related to neoliberalism, in what Foucault (2008) referred to as “self-entrepreneurship.” The analyses thus benefits from fieldwork carried out in the city of Luanda, the capital of Angola, between 2016 and 2018, in which the authors seek to analyse the discourses that support the structure of the UCKD’s narrative. Este artigo centrou-se na ligação transnacional Sul-Sul do pentecostalismo brasileiro em Angola, com foco nas representações e perspectivas voltadas para a modernização. Argumenta-se, assim, que a Igreja Universal do Reino de Deus se insere em Angola como um agente modernizador que se incumbiu das reformas culturais, cujo objetivo é readaptar os indivíduos na nova estrutura política de cunho liberal. Seu proselitismo acaba desarticulando as identidades estáveis do passado, focando-se na emergência da concepção mais individualista do sujeito, para atender à dinâmica econômica do capitalismo contemporâneo. Lançaremos mão da ideia de “máquina de ressonância” de Willian Connolly (2005), na qual a face pública da IURD em Angola vai se constituindo em sua interface com as políticas estatais, problemas sociais, arranjos culturais locais e normatividade jurídica nacional. Interessam-nos, especialmente, as interações entre as práticas discursivas da IURD e as políticas liberalizantes estatais, tanto no discurso público da Igreja, quanto na construção de sujeitos e subjetividades afeitas ao neoliberalismo, naquilo que Foucault (2008) denominou de “empreendedorismo de si”. Assim, nossas análises se beneficiam do trabalho de campo realizado na cidade de Luanda, capital de Angola, entre os anos 2016 e 2018, no qual procuramos analisar os discursos que sustentam a estrutura narrativa iurdiana. Este artigo centrou-se na ligação transnacional Sul-Sul do pentecostalismo brasileiro em Angola, com foco nas representações e perspectivas voltadas para a modernização. Argumenta-se, assim, que a Igreja Universal do Reino de Deus se insere em Angola como um agente modernizador que se incumbiu das reformas culturais, cujo objetivo é readaptar os indivíduos na nova estrutura política de cunho liberal. Seu proselitismo acaba desarticulando as identidades estáveis do passado, focando-se na emergência da concepção mais individualista do sujeito, para atender à dinâmica econômica do capitalismo contemporâneo. Lançaremos mão da ideia de “máquina de ressonância” de Willian Connolly (2005), na qual a face pública da IURD em Angola vai se constituindo em sua interface com as políticas estatais, problemas sociais, arranjos culturais locais e normatividade jurídica nacional. Interessam-nos, especialmente, as interações entre as práticas discursivas da IURD e as políticas liberalizantes estatais, tanto no discurso público da Igreja, quanto na construção de sujeitos e subjetividades afeitas ao neoliberalismo, naquilo que Foucault (2008) denominou de “empreendedorismo de si”. Assim, nossas análises se beneficiam do trabalho de campo realizado na cidade de Luanda, capital de Angola, entre os anos 2016 e 2018, no qual procuramos analisar os discursos que sustentam a estrutura narrativa iurdiana.
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