This article examines various constructions of memory and the formation of both personal and national identity in contemporary Brazilian novels about the dictatorship. Situated within the broader context of renewed critical and aesthetic perspectives on the Brazilian dictatorship since 2014, this study analyzes Ainda estou aqui by Marcelo Rubens Paiva (2015) and A resistência by Julián Fuks (2015). It explores the complexities of reconstructing both historical and personal memory, as well as the impact of a traumatic past on contemporary identity. Accordingly, the article proposes a comparative reading that integrates and discusses key concepts relevant to this critical perspective, such as memory (Jelin, 2002), postmemory (Hirsch, 2012), and the anti-monument (Seligmann-Silva, 2003). It analyzes the literary devices and strategies employed in these novels —particularly by questioning the discourse of memory itself and reconstructing identity through the search for an understanding of the other— in order to shape a memory that is both personal and subjective, as well as national and historical.El presente artículo examina diferentes elaboraciones de la memoria y, a través de ellas, de la identidad personal y nacional en la novela brasileña contemporánea sobre la dictadura. Inscritas dentro del importante corpus de textos que desde 2014 han revitalizado y reelaborado críticamente las visiones sobre la dictadura brasileña, se analizan aquí las novelas Ainda estou aqui de Marcelo Rubens Paiva (2015) y A resistência de Julián Fuks (2015), discutiendo las complejidades de la reconstrucción de la memoria histórica y personal, así como el impacto del pasado traumático en la identidad actual. Para esto, se propone una lectura comparada integrando y discutiendo conceptos fundamentales para esta mirada crítica, como memoria (Jelin. 2002), postmemoria (Hirsh, 2012) y antimonumento (Seligmann-Silva, 2003). Se analizan los dispositivos y recursos literarios a los que recurren estas novelas —particularmente la puesta en tensión del propio discurso de la memoria y la reconstrucción identitaria a través de la búsqueda por comprender a otro— para configurar una memoria tanto personal y subjetiva como nacional e histórica.Este artigo examina diferentes elaborações da memória e, por meio delas, da identidade pessoal e nacional em romances brasileiros contemporâneos sobre a ditadura. Inscritos no importante corpus de textos que, desde 2014, revitalizaram e reelaboraram criticamente visões da ditadura brasileira, os romances Ainda estou aqui, de Marcelo Rubens Paiva (2015), e A resistência, de Julián Fuks (2015), são aqui analisados, discutindo as complexidades da reconstrução da memória histórica e pessoal, bem como o impacto do passado traumático na identidade atual. Para isso, propõe-se uma leitura comparativa, integrando e discutindo conceitos fundamentais para esse olhar crítico, como memória (Jelin. 2002), pós-memória (Hirsh, 2012) e antimonumento (Seligmann-Silva, 2003). Analisamos os artifícios e recursos literários utilizados nesses romances - particularmente a tensão entre o discurso da memória em si e a reconstrução da identidade por meio da busca de compreensão do outro - para configurar uma memória que é tanto pessoal e subjetiva quanto nacional e histórica.